Petrobras bate recorde em perfuração de poço no ES

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A Petrobras bateu o recorde de poço exploratório de petróleo mais profundo do Brasil, com 7,7 mil metros de profundidade. A perfuração foi na região do pré-sal da Bacia do Espírito Santo, a 145 quilômetros (km) da costa, em uma área conhecida como Monai. A notícia foi divulgada pela companhia ontem (10).

A perfuração também ultrapassou a maior camada de sal já perfurada no país, com 4,85 mil metros de espessura. Localizado em uma nova fronteira exploratória, a perfuração do poço Monai caracterizou-se por um cenário com expressivos desafios técnicos e alto nível de complexidade operacional.

O poço foi perfurado em um local com lâmina d'água - distância entre a superfície da água e o fundo do mar - de 2.366 metros. O recorde anterior de profundidade era do poço conhecido como Parati, um dos precursores da descoberta do pré-sal, perfurado em 2005, na Bacia de Santos, com 7.630 metros.

"O uso intensivo de tecnologia e a atuação eficiente das equipes envolvidas também permitiram que diminuíssemos em aproximadamente 50% o tempo de perfuração do poço, em comparação com a média histórica para projetos dessa natureza e complexidade, o que representa também uma redução de custos significativa. A exploração dessa nova fronteira no pré-sal da Bacia do Espírito Santo reafirma o foco da Petrobras em atuar em águas ultraprofundas por meio de parcerias com outras empresas", destacou o diretor de Desenvolvimento da Produção, João Henrique Rittershaussen.

Características - Diferentemente de um poço produtor de petróleo, um poço exploratório tem como objetivo obter informações sobre as características das rochas perfuradas, sua geologia, pressões existentes e presença de reservatórios com petróleo ou gás. A perfuração do poço pioneiro Monai obteve todas as informações geológicas esperadas para a avaliação adequada da área. Os dados obtidos estão sendo analisados para a definição do futuro do bloco ES-M-669.

As grandes profundidades alcançadas impuseram uma série de desafios para a Petrobras. Em geral, quanto mais profunda a perfuração, mais compactas e densas são as rochas existentes. Para efeito de comparação, a velocidade de perfuração próxima ao leito marinho atinge cerca de 100 metros por hora. Em horizontes muito profundos, como nas fases finais do Monai, a velocidade de perfuração cai para menos de 5 metros por hora.

O Bloco ES-M-669 foi adquirido em 2013, na 11ª Rodada de Concessões da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A Petrobras é operadora no bloco com 40% de participação, enquanto Equinor e Total, que completam a formação do consórcio, têm 35% e 25% respectivamente.