Vacina contra o HPV: atenção adolescentes

Cidades
Tpografia
  • Mínimo Pequeno Médio Grande Gigante
  • Fonte Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

Papiloma Vírus Humano (HPV) é o vírus responsável por uma infecção sexualmente transmissível chamada condiloma acuminado ou verruga, altamente contagiosa, que surge no órgão genital feminino como vulva, vagina, colo do útero, podendo se estender para o anus e regiões próximas. É a doença viral mais prevalente nas pessoas de vida sexual ativa. Segundo Instituto Nacional do Câncer (INCA), 25 % a 50% das mulheres e 50% dos homens no mundo, estão infectados pelo HPV, e logo que inicie a sua vida sexual, a probabilidade das mulheres serem infectadas pelo HPV, é de 80%. Entretanto o maior risco de contrair esta infecção genital é durante a adolescência, quando a maioria está iniciando sua vida sexual e ainda não possui informações necessárias para evitar esta doença.

Pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde em 2018 para verificar a prevalência do HPV e seus diferentes tipos, através de entrevistados em 8.626 homens e mulheres entre 16 e 25 anos, que fazem uso do SUS, mostrou prevalência do HPV de 53,6%, sendo 35,2% destes com alto risco para desenvolver câncer. A prevalência geral na população do estudo foi, 54% para as mulheres e 51,8% para os homens.

Este vírus, HPV, não pode ser eliminado do organismo e pode permanecer em estado latente, isto é, sem causar doença, e somente se manifestando 20 anos após. A maioria das mulheres que entram em contato com o HPV não apresenta sintomas, a infecção é assintomática, inaparente e transitória. Mas mesmo sem lesão aparente, o HPV invade as células provocando lesões principalmente no colo do útero, causando câncer anos após. O câncer do colo do útero é possivelmente evitável através da vacina HPV, exame citopatológico, isto é, o preventivo que é disponível nas unidades básicas de saúde e educação permanente. Já no sexo masculino a infecção pelo HPV pode evoluir com câncer de pênis, anus e boca.

Sabe-se que a maioria dos adolescentes nunca ouviu falar sobre HPV e desconhece a importância do uso de preservativo não apenas no primeiro ato sexual mas também nas relações posteriores, como forma de prevenir a infecção por este vírus além de outras infecções transmitidas pelo sexo como sífilis, gonorreia e AIDS. Mas, o bom da história é que há vacina contra o HPV.

A vacina contra o HPV foi introduzida pelo Ministério da Saúde em 2014 para as meninas entre 11 e 14 anos, e em 2017 para os meninos na mesma faixa etária. No ano de 2015 foi proposta a vacinação aos 9 anos para as meninas, com objetivo principal de vacinar antes do início da vida sexual, conferindo assim, maior proteção vacinal.

Torna-se relevante investir em educação permanente para os adolescentes, assim como realização de busca ativa pelos Programas de Médico de Família, além da divulgação maciça de informações educativas utilizando-se as mídias sociais. Adolescente, diga NÃO ao HPV!