UFF vai testar tratamento de c-19

A cerimônia virtual ocorreu nesta quinta-feira (28) e teve como objetivo celebrar e apoiar as conquistas das mulheres na ciência - Foto: Divulgação

Cidades
Tpografia
  • Mínimo Pequeno Médio Grande Gigante
  • Fonte Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

A Universidade Federal Fluminense (UFF), sediada em Niterói, que esteve tão presente no enfrentamento da pandemia do novo coronavírus desde o primeiro momento de propagação da doença, no ano de 2020, abre nova frente de atuação. Em parceria com o Complexo Hospitalar de Niterói/Dasa, está recrutando voluntários para contribuírem com o desenvolvimento de uma pesquisa científica, que visa avaliar a eficácia de um medicamento para o tratamento e melhora dos sintomas da Síndrome pós-Covid.

O estudo recrutará voluntários residentes, preferencialmente, em Niterói, que farão, gratuitamente, uma série de exames no CHN/Dasa, e acompanhados de uma cardiologista por, pelo menos, dois meses, para avaliação da melhora, ou não, dos sintomas persistentes.

Podem participar do estudo pessoas com 18 a 65 anos, com história de covid-19, comprovada por RT-PCR pelo Sars-Cov2, que ainda apresentem sintomas persistentes, além de quatro semanas do início da infecção.

Todos os voluntários irão receber, presencialmente, explicações sobre os objetivos, metodologia, benefícios e potenciais riscos da pesquisa, que foi aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa da UFF - CEP/UFF, registrada sob o número CAAE 38735720.6.0000.5243.

Aqueles interessados em participar podem entrar em contato com o grupo de pesquisa da UFF através do telefone 921)98168-0725.

Objetivos - Com o processo de vacinação avançando no Brasil já foi percebida uma redução evidente nos números de novos casos de infecção pelo novo coronavírus e internações por sintomas graves, mas, por outro lado, o sistema de saúde ainda sofre o impacto da doença por parte da população infectada. Muitos pacientes contaminados pelo Sars-Cov2 continuam apresentando sintomas por semanas após a fase aguda da doença.

Evidências científicas crescentes sugerem que de 20 a 30% das pessoas infectadas evoluem para o que tem sido denominado de Síndrome Pós-Covid, que consiste em uma série de condições físicas, mentais e emocionais experimentadas pelo paciente, que se estendem além das quatro semanas após a infecção inicial.

Didaticamente, em artigo recentemente publicado na renomada revista The British Medical Journal, o National Institute for Health and Care Excellence, no Reino Unido, dividiu os casos de Covid em dois momentos: agudo, denominada Covid-19 aguda, que envolve casos com até quatro semanas de sintomas e Covid longa, que inclui tanto pacientes com sintomas em progressão e/ou permanentes por 4-12 semanas, como aqueles com sintomas por mais de 12 semanas, sendo, este último caso denominado de Síndrome pós-Covid.

Na prática, o que tem sido visto é uma grande procura nos consultórios e emergências de pacientes com passado de infecção pelo Sars-Cov2, apresentando queixas persistentes de extrema fadiga, dores musculares, cansaço importante, palpitações, queda de cabelo, insônia e crises de ansiedade, corroborando com perda da qualidade de vida e grande impacto no cotidiano dessas pessoas.

O objetivo do projeto é auxiliar o tratamento dos pacientes com Síndrome pós-Covid, melhorando os sintomas e a qualidade de vida deles.