Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Pfizer neutraliza a ômicron

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Segundo estudos preliminares, três doses do imunizante seriam suficientes para proteger as pessoas

Estudos preliminares demonstraram que três doses da vacina da Pfizer contra a covid-19 neutralizam a variante Ômicron. O anúncio foi feito pelas empresas Pfizer e BioNTech, responsáveis pelo imunizante.

A pesquisa, feita com testes de anticorpos, mostrou que duas doses podem não ser suficientes para proteger as pessoas contra a infecção pela nova variante. Ainda assim, a Pfizer e a BioNTech acreditam que essas
duas doses podem proteger contra casos graves de covid-19.

As farmacêuticas informaram que continuam avançando no desenvolvimento de uma vacina que seja específica para a Ômicron. A previsão é que o imunizante esteja disponível em março do ano que vem, se for necessário.

Variante se espalha - A variante Ômicron já foi notificada em 57 países, e o número de pacientes que precisarão de internação hospitalar provavelmente aumentará à medida que ela se dissemina, alertou a Organização Mundial da Saúde (OMS) ontem (8).

Em seu relatório epidemiológico semanal, a OMS disse que mais dados são necessários para avaliar a gravidade da doença causada pela Ômicron e se suas mutações podem reduzir a proteção da imunidade induzida pelas vacinas.

"Mesmo que a gravidade seja igual, ou possivelmente até menor, que a da variante Delta, é de se esperar que as hospitalizações aumentem se mais pessoas se infectarem e que ocorra um lapso de tempo entre um aumento na incidência de casos e um aumento na incidência de mortes", afirmou a agência.

No dia 26 de novembro, a OMS declarou a Ômicron, detectada primeiramente no sul da África, como uma "variante preocupante". Trata-se da quinta variante da SARS-CoV-2 a receber essa designação.

O número de casos de covid-19 relatados na África do Sul dobrou na semana encerrada em 5 de novembro, quando passou de 62 mil. Aumentos de incidência "muito grandes" são vistos na Suazilândia, Zimbábue, Moçambique, Namíbia e Lesoto, informou a organização.

A disseminação da Ômicron, somada ao aumento dos exames e às taxas baixas de vacinação, pode ter desempenhado um papel, acrescentou a OMS.

"Análises preliminares indicam que as mutações presentes na variante Ômicron podem diminuir a atividade neutralizadora de anticorpos, resultando em uma proteção reduzida da imunidade natural", disse a OMS sobre o risco de infecção.

Alemanha - A Alemanha registrou, ontem (8), o maior número de mortes diárias por covid-19 desde fevereiro, enquanto luta para deter uma quarta onda da pandemia.

Um total de 69.601 infecções novas foram registradas, 2.415 a mais do que no mesmo período da semana passada, e mais 57 pessoas morreram, o maior número desde 12 de fevereiro. Isso eleva o total a 104.047, disse o Instituto de Doenças Infecciosas Robert Koch.

Mas a taxa de incidência de casos de sete dias para cada 100 mil habitantes do país continua a cair, recuando de 432 para 427 nessa terça-feira.

Especialistas questionam se os dados significam que a Alemanha ultrapassa o pico desta onda da pandemia ou se as cifras não são confiáveis por algumas autoridades de saúde estarem sobrecarregadas, particularmente nas áreas mais afetadas.

Na semana passada, o país concordou em permitir o acesso das pessoas não vacinadas apenas a negócios essenciais, como mercados, farmácias e padarias, e a acelerar a campanha de vacinação.

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