O Consórcio Conectar, associado à Frente Nacional de Prefeitos (FNP), pediu ao Ministério da Saúde e à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberação da venda em farmácias de testes de covid-19 para uso próprio.
A solicitação foi apresentada diante do crescimento dos casos de covid-19 em todo o país impulsionada pela variante Ômicron. Na quarta-feira (12), havia 402.496 casos da doença ativos em acompanhamento. Há uma semana, o número era de 116.118 casos.
O propósito da liberação para comercialização do chamado autoteste é permitir uma estratégia de testagem massiva no Brasil. O exame para diagnóstico da covid-19 é condição importante, segundo a entidade para as medidas de isolamento dos infectados.
No ofício, a FNP caracterizou o autoteste como "uma das grandes estratégias para o enfrentamento da pandemia de covid-19, já empregada com sucesso por alguns países".
O consórcio também solicitou ao Ministério da Saúde o envio de mais testes para os municípios como forma de massificar a estratégia de diagnóstico da doença.
No Rio de Janeiro, a Rede Municipal de Educação entregou à Anvisa, ontem (13), um documento solicitando urgência na liberação dos autotestes, bem como, manifestando interesse numa política de distribuição de tais testes nas redes de saúde e educação. Assinam o documento, o secretário municipal de Educação, Renan Ferreirinha, e o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz.
"Os autotestes são mais uma ferramenta para manter as escolas abertas. Em vez de fechar toda uma turma, poderemos identificar e isolar apenas os infectados com mais facilidade, reduzindo ao máximo as interrupções nas atividades. A nossa intenção é disponibilizar os testes para nossos profissionais da educação e alunos, mas tudo depende da autorização da Anvisa. O Ministério da Saúde está dizendo que enviaria o pedido de liberação, mas ainda não protocolou nada. Cansamos de esperar", declarou o secretário de Educação do Rio, Renan Ferreirinha.
No Rio de Janeiro, a Secretaria Municipal de Educação pretende disponibilizar os autotestes nas unidades escolares. Consultada, a Secretaria Municipal de Saúde endossou a estratégia, demonstrando também interesse em distribuir os autotestes nas unidades de saúde.
Na cidade de Nova York, o Departamento de Educação começou a distribuir mais de 1 milhão de autotestes para as escolas na última semana, possibilitando a distribuição aos estudantes e aos profissionais de educação com sintomas ou que tenham tido contato com pessoas na sala de aula que testaram positivo. Diversos países permitem o autoteste como Estados Unidos, Portugal, França, Holanda, Bélgica, Itália, Espanha, Alemanha, Áustria, Bulgária, Argentina, Chile e Peru.
O Reino Unido os utiliza amplamente, distribuindo-os gratuitamente em farmácias e em domicílios, e a Argentina, aprovou no último dia 5, o uso dos autotestes.
"Diante da utilização dos autotestes, há praticamente um ano por vários países que adotam política de saúde pública de testagem em massa, e dos reiterados anúncios de que o Ministério da Saúde faria tal requisição, a Secretaria de Educação do Rio entende que a inércia do Ministério da Saúde não pode, mais uma vez, prejudicar o combate à pandemia da Covid-19", informa a Assessoria de Comunicação Social da Secretaria Municipal de Educação.
Aumentam pedidos por autotestes
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