Fla inaugura capela no 3º ano da tragédia no Ninho do Urubu

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No dia em que o incêndio no alojamento do Centro de Treinamento George Helal, conhecido como Ninho do Urubu, completou três anos, o Flamengo inaugurou uma capela ecumênica em homenagem aos dez atletas mortos na tragédia. A construção é próxima do local onde funcionava o alojamento atingido pelo fogo. O vice-presidente-geral do clube, Rodrigo Dunshee de Abranches, dirigentes, atletas e parentes dos jovens jogadores mortos acompanharam a cerimônia celebrada na capela.

No incêndio, perderam a vida os jogadores Arthur Vinícius, Athila de Souza Paixão, Bernardo Pisetta, Christian Esmério, Gedson dos Santos, Jorge Eduardo, Pablo Henrique, Rykelmo de Souza Viana, Samuel Thomas e Vitor Isaías. Três atletas ficaram gravemente feridos: Cauan Emanuel Gomes Nunes, Francisco Diogo Bento Alvez e Jhonata Cruz Ventura.

Nas tentativas de entendimento com o Flamengo para o recebimento de indenizações, de todas as famílias, a de Christian Esmério foi a única que não fechou acordo com o clube. No fim do ano passado, os parentes do goleiro entraram na 33ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) com ação contra o Flamengo, que ainda está em andamento.

Procurado, o Flamengo respondeu que este é um assunto interno do clube e que não se manifesta sobre os entendimentos, nem sobre o andamento das ações na Justiça.

Defensoria - A Defensoria Pública do Rio de Janeiro entrou com recurso extraordinário para que fosse restabelecido o pagamento de pensão aos parentes das vítimas do incêndio, mas o pedido foi negado pelo Tribunal de Justiça. De acordo com a Defensoria, o objetivo do novo recurso era fazer "com que o caso chegasse ao Supremo Tribunal Federal (STF) e, ao final, houvesse o restabelecimento da pensão às famílias das vítimas".

A Defensoria informou que, em 2020, o TJRJ extinguiu parte da ação que obrigava o Flamengo a manter o pagamento de pensões às famílias das vítimas e reduziu para cinco salários mínimos o valor da pensão destinada aos sobreviventes que não fizeram acordo com
o clube.

Ministério Público - O Grupo de Atuação Especializada do Desporto e Defesa do Torcedor do Ministério Público denunciou à Justiça 11 pessoas pelo crime de incêndio culposo qualificado e pelos resultados morte e lesão grave. Essas pessoas foram apontadas como responsáveis pela tragédia do Ninho do Urubu. Na denúncia oferecida à 36ª Vara Criminal da Capital, os promotores descrevem uma série de irregularidades e ilegalidades cometidas no alojamento.

Clube - Em seu perfil no Twitter, o Flamengo lembrou os atletas mortos no incêndio, citando os nomes de todos na mensagem.
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