Anvisa aprova primeira marca de autoteste do Brasil

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou ontem a primeira marca de testes aplicados por leigos, os chamados "autotestes", do Brasil. O produto foi nomeado de "Novel Coronavírus Autoteste Antígeno", fabricado pela empresa CPMH Comércio e Indústria de Produtos Médicos-Hospitalares e Odontológicos.

O exame funcionará com coleta por meio de bastão (swab) a ser inserido no nariz. O resultado deve sair em 15 minutos. A aprovação pela Anvisa foi feita com um conjunto de recomendações, disponíveis para acesso no site do órgão.

O teste deve ser realizado entre o 1º e 7º dia do início do sintoma, ou 5 dias depois de contato com uma pessoa infectada com o novo coronavírus. O exame não é válido como diagnóstico, como documento para viagens ou para licença do trabalho.

A cartilha de orientações da Anvisa também traz informações ilustradas sobre como aplicar o teste e como interpretar seus resultados. Como exigido pela agência, a CPMH disponibilizou um canal de atendimento ao cliente para dúvidas e esclarecimentos (por meio do telefone 0800 940 8883).

Autotestes - Segundo a Anvisa, os autotestes são um procedimento "orientativo". Eles indicam que alguém pode estar infectado com a covid. Contudo, o diagnóstico efetivo só pode ser realizado por um profissional de saúde.

A Anvisa explica que o autoteste deve ser usado como triagem, para permitir o auto isolamento precoce e, assim, quebrar a cadeia de transmissão do vírus o mais rápido possível.

Quarentena - A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou ontem que os países que estão com números altos de casos de covid-19 podem encurtar a duração recomendada da quarentena de 14 dias em algumas situações.

A agência disse que suas novas orientações podem ser úteis em lugares onde os serviços essenciais estão sob pressão.

Por exemplo: o período de quarentena pode ser reduzido para 10 dias sem testes, e para 7 dias com teste negativo - caso a pessoa não desenvolva quaisquer sintomas, esclareceu a OMS.

Onde os testes para encurtar a quarentena não são possíveis, a ausência de sintomas pode ser utilizada como uma alternativa para a testagem, disse a agência em suas orientações provisórias.

A OMS também disse que os países podem considerar o relaxamento das medidas de rastreamento de contato em situações semelhantes.

Para contatos de pessoas infectadas com a covid-19, aqueles que estão em maior risco de infecção, tais como profissionais de saúde, devem ser priorizados, assim como as pessoas com maiores riscos, sejam com comorbidades ou não vacinados.