Leucemia: foco no diagnóstico e na doação de medula óssea

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O mês está terminando mas as lições da campanha Fevereiro Laranja permanecem. A conscientização da importância do diagnóstico precoce da leucemia também o objetivo de informar sobre a doença e estimular a doação de medula óssea. De acordo com estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca), mais de 10 mil novos casos de leucemia serão diagnosticados em 2022 no Brasil. Dados do Complexo Hospitalar de Niterói (CHN) corroboram a estatística: só em 2021, 16% de todos os pacientes internados na Unidade de Hematologia e Transplante de Medula Óssea do hospital eram portadores da doença. Atualmente, o hospital é responsável por 50% dos transplantes de medula no estado do Rio de Janeiro.

Roberto Magalhães, coordenador de hematologia do CHN, destaca a importância do diagnóstico precoce da leucemia e da doação de medula óssea. "A leucemia é um tipo de câncer no sangue; estar atento aos sintomas e manter os exames de rotina em dia é fundamental. Por isso, essa campanha é necessária para que todos estejam conscientes da importância do diagnóstico precoce e de tornarem-se doadores de medula", afirma.

No último ano, o CHN realizou 107 transplantes de medula óssea. Desse total, 19 foram alogênicos, para o tratamento da leucemia aguda. Dados do Registro Nacional e Internacional de Transplantes comprovam que a leucemia aguda é a principal indicação de transplante alogênico no Brasil e no mundo.

"Existem tratamentos muito eficazes para melhorar a qualidade de vida do paciente, como o transplante de medula óssea, que ainda é cercado de muitas dúvidas. Além de tratamentos clínicos modernos, como a terapia-alvo molecular e o uso de anticorpos monoclonais biespecíficos, que estimulam o organismo do próprio paciente a combater a doença. Essas terapêuticas estão disponíveis em centros de referência em hematologia, como o CHN, que está equiparado às grandes unidades mundiais no cuidado ao paciente onco-hematológico", explica o especialista.