Into: programa inova no tratamento da dor

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Um levantamento inédito feito por profissionais do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), do Ministério da Saúde, apontou que todos os 52 pacientes do Programa Integrador que apresentavam dor crônica, ouvidos sobre os cuidados que receberam, tiveram alta sem uso regular de analgésicos.

A pesquisa foi feita com 52 dos 150 participantes deste projeto, que desde 2018 visa promover o bem-estar de pessoas que sofrem de dor crônica, por meio de assistência multiprofissional e uso de terapias medicamentosas, como os bloqueios analgésicos, e de terapias não-medicamentosas, que incluem práticas integrativas e complementares, como a auriculoterapia, a aromaterapia, a meditação, a hipnose e a acupuntura. Os dados mostraram que antes da inserção no programa, que disponibiliza acompanhamento por enfermeiros, psicólogos, fisioterapeutas e médicos, 37% dos investigados apresentavam ansiedade e 45% quadro de depressão e, que após o tratamento, apenas 11% permaneceram ansiosos e 9% depressivos.

"A dor crônica afeta aspectos multidimensionais e estes números são significativos, pois demonstram a importância da interprofissionalidade no cuidado ofertado, trazendo benefícios como, por exemplo, a melhoria da qualidade de vida", explica a chefe de enfermagem da Clínica da Dor, Juliane Antunes, idealizadora do projeto.

"O Programa Integrador é fundamental para contemplar os aspectos multidimensionais da dor, proporcionando um cuidado integral ao paciente, o resgate da autoestima e da qualidade de vida. O paciente ativo no seu tratamento ressignifica a dor em sua vida", reforça a chefe médica do setor, Waleska de Castro Sampaio.