Chuva em Petrópolis: 232 corpos já foram localizados

Mais de 56 mil toneladas de resíduos já foram retiradas das ruas de Petrópolis - Foto: Divulgação

Cidades
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Subiu para 232 o número de mortos devido à forte chuva do dia 15 de fevereiro em Petrópolis. Segundo a Polícia Civil, as vítimas são 138 mulheres, 94 homens e 44 menores. De acordo com a prefeitura, 210 vítimas da chuva foram sepultadas no Cemitério do Centro.

Ontem (2), bombeiros fizeram buscas no Morro da Oficina, Chácara Flora e ao longo do Rio Quitandinha, localidades onde há cinco desaparecidos.

Até o momento, 1.117 pessoas estão em abrigos. O acolhimento se distribui em pontos de apoio da prefeitura, que são escolas públicas, hoje com 955 pessoas, e locais estruturados de forma voluntária pelas comunidades, em igrejas, ONGs e demais entidades, que têm 162 abrigados.

Ao todo são 34 locais, onde as pessoas recebem alimentação, suporte para a higiene pessoal, atendimento de assistência social, saúde, psicólogos, além de suporte de agentes comunitários e da Defesa Civil.

Segundo a prefeitura, todas as pessoas que precisaram recorrer aos pontos de apoio por terem perdido suas casas terão direito ao aluguel social de R$ 1 mil. Desabrigados têm prioridade e já foram cadastrados por equipes do município.

Habitação - A prefeitura disponibilizou ao Governo do Estado o terreno na região do Caetitu, em Corrêas, para a construção de 300 unidades habitacionais para as vítimas das chuvas de fevereiro. O ofício foi entregue ao secretário de Estado de Infraestrutura Max Lemos, em reunião na prefeitura.

"É um terreno adquirido pelo meu governo em 2013 e que estamos disponibilizando para que o Estado construa as casas para atender as famílias que foram desabrigadas e desalojadas no temporal do dia 15 de fevereiro. A área de 14 mil metros quadrados pode receber entre 250 e 300 unidades habitacionais", disse o prefeito Rubens Bomtempo.

Além de disponibilizar o terreno, o prefeito Rubens Bomtempo também informou ao Estado a existência de uma verba de R$ 7 milhões do programa Somando Forças, que pode ser usado no asfaltamento da rua. "Estamos entregando oficialmente as obras do PAC Encostas para o Estado e também disponibilizando esse terreno para a construção de moradias. São medidas importantes para a retomada da cidade", frisou o prefeito.

O secretário de Estado Max Lemos elogiou as medidas adotadas pela Prefeitura e disse que o governo estadual também está procurando por outros terrenos para a construção de casas para as famílias vítimas da chuva. O terreno do Caetitu foi adquirido em 2013 pela Prefeitura de Petrópolis. Em 2014, o governo municipal fez o primeiro chamamento público para a contratação da empresa que faria a construção das casas no local. O chamamento aconteceu e a empresa chegou a ser contratada. No entanto, o Ministério do Desenvolvimento Regional (à época chamado de Ministério das Cidades), responsável pela verba para a construção das casas, não deu andamento ao processo.

Em 2016, a Prefeitura de Petrópolis fez um segundo chamamento, que também não foi levado adiante pelo governo federal. Em 2018, o município fez nova tentativa, também sem sucesso.