Rio terá bolsa para créditos de energias sustentáveis

Equipe do Governo do Rio de Janeiro trabalhou 8 meses no protocolo assinado nesta terça (8) nos Estados Unidos - Foto: Divulgação/Palácio Guanabara

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O Rio de Janeiro vai ganhar uma bolsa de valores para compra e venda de créditos de carbono e ativos ambientais, como energia, clima e florestas. O governador Cláudio Castro assinou ontem, em Nova Iorque, um protocolo de intenções com a Nasdaq e a Global Environmental Asset Plataform (Geap) para dar os primeiros passos para a implantação da plataforma de negociações. O acordo garante ao Rio o protagonismo na economia verde.

A parceria prevê o intercâmbio de informações entre o Governo do Estado, a Nasdaq e a Geap para a implementação de políticas públicas para certificar, emitir e negociar créditos de carbono, como, por exemplo, a entrega de créditos ambientais a contribuintes que quitarem seus débitos do IPVA. Nos próximos 90 dias, serão criados um grupo de trabalho para discutir as medidas propostas e um projeto-piloto. Após esse período de avaliação, será instalada uma subsidiária brasileira da Nasdaq no Rio de Janeiro. A expectativa é que a Bolsa de Ativos Ambientais esteja funcionando no segundo semestre.

A equipe do Governo do Rio de Janeiro tem trabalhado há 8 meses neste protocolo. A Nasdaq fornecerá a tecnologia e o Estado, os ativos ambientais. Há expectativa que o potencial econômico ambiental do Rio alcance um estoque de CO2 de 73 milhões de toneladas, representando R$ 25 bilhões. E cada tonelada desse ativo ambiental pode custar em média US$ 5. O segmento está ganhando força em todo o mundo e é visto como uma das alternativas de retomada da economia após a crise causada pela pandemia da Covid-19 - ressaltou o governador.

Os créditos de carbono são vendidos para países que não atingiram suas metas de redução de gases causadores do efeito estufa por aqueles que reduziram as emissões. Os recursos financeiros são aplicados em projetos como reflorestamento e outras ações de mitigação de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEEs). O novo mercado vai resultar na geração de empregos e atração de empresas nacionais e internacionais.