Ucrânia diz que apoio do ocidente é insuficiente

Volodymyr Zelensky se encontrou com o PM holandês Mark Rutte por ocasião de uma possível invasão russa - Foto: President.gov.ua

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Em um novo depoimento dado ontem (8), em Kiev, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou que os russos estão "criando um inferno" em seu país. Ele disse que a culpa por morte, ataque aéreo e bloqueio às cidades da Ucrânia é, sem dúvida, da Rússia.

"A culpa é do invasor. Mas a responsabilidade é daqueles que, há 13 dias, não conseguem aprovar, lá em algum lugar do Ocidente, nas suas salinhas, uma decisão óbvia, necessária, de assegurar o nosso céu. Daqueles que não salvaram nossas cidades dos bloqueios e das bombas, apesar de poderem fazer isso", criticou.

Zelensky vem pedindo, desde o início da invasão russa, que os países do Ocidente criem um espaço de exclusão aérea, onde aviões estrangeiros possam entrar e atacar, derrubar aviões e helicópteros russos. No entanto, a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) vem afirmando há dias que não entrará de forma ativa na guerra, apenas apoiará a Ucrânia com armamentos, equipamentos, treinamentos, recursos financeiros e ajuda humanitária.

O receio da Otan é de que, caso entrasse ativamente no conflito, uma grande guerra na Europa poderia começar. Se a Rússia atacar algum dos 30 países do bloco, o artigo 5º da Carta da Otan será ativado. O dispositivo afirma que, caso um país do bloco seja agredido, todas as outras nações devem reagir em bloco.

O presidente ucraniano reclamou ainda da promessa de criação de corredores humanitários para evacuar a população civil. "Nenhum corredor humanitário funcionou, não temos mais tempo".