Otan: países mantêm decisão de não entrar na Ucrânia

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Receio é escalada de violência e deflagração de guerra em todo o continente

Após reunião dos países membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), o secretário-geral da aliança militar, Jens Stoltenber, afirmou ontem (4) que os 30 países membros mantêm a decisão de não entrar em território ucraniano por receio de uma escalada da violência. A Otan vem apoiando a Ucrânia desde 2014, com treinamento militar e fornecimento de armamentos, mas, como o país não faz parte do bloco, a decisão é de que a aliança militar não participe ativamente na guerra.

"Nós já deixamos claro que não vamos entrar na Ucrânia, nem no espaço aéreo, nem em solo. Se nós fizéssemos uma zona de exclusão aérea, teríamos que mandar aviões nossos e derrubar aviões russos. Nós entendemos o desespero [da Ucrânia] mas também acreditamos que se fizéssemos isso, levaríamos a uma guerra total na Europa, envolvendo muito mais países e causando muito mais sofrimento. É muito dolorosa essa decisão. Nós impusemos sanções severas e aumentamos o apoio, mas não podemos participar diretamente do conflito", explicou Stoltenberg.

A Ucrânia cobrou da Otan, nos últimos dias, uma zona de exclusão aérea onde aviões de outros países pudessem ajudar o exército ucraniano na defesa do país, mas os membros da aliança militar temem que essa medida possa gerar uma guerra nuclear.

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