Porto de Itaguaí celebra 40 anos

Com quatro décadas de história o Porto de Itaguaí segue se reinventando para atender as demandas de toda a região - Foto: Divulgação

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O Porto de Itaguaí, administrado pela Companhia Docas do Rio de Janeiro (CDRJ), completou 40 anos neste sábado (7) com projetos em andamento para a melhoria da infraestrutura, além de grandes perspectivas de crescimento para os próximos anos. A Autoridade Portuária comemora as conquistas do porto, consolidado como maior porto público do Brasil na movimentação de minério de ferro e que, em 2021, ficou na 2ª posição do ranking dos dez maiores portos públicos em movimentação de cargas, segundo dados do Estatístico Aquaviário da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).

Ao longo desses 40 anos de história do Porto de Itaguaí, o superintendente de Gestão Portuária de Itaguaí e Angra dos Reis, Alexandre Neves, lembra que foram desenvolvidos diversos projetos de terminais e de obras de infraestrutura, que elevaram o porto ao patamar de destaque no cenário atual do setor portuário brasileiro: "Inicialmente, o então Porto de Sepetiba, atual Porto de Itaguaí, foi concebido para atender à Companhia Siderúrgica Nacional na importação de carvão pelo TECAR, visando a produção de aço, e, simultaneamente, foi construído o terminal de alumina da VALESUL. Depois, tivemos ainda a construção do terminal arrendado de minério de ferro da Vale-CPBS e o terminal arrendado de contêiner e carga geral da Sepetiba Tecon".

Para o superintendente Alexandre Neves, as obras de infraestrutura que vêm sendo executadas deixam claro a visão da Docas do Rio de continuar esse processo de desenvolvimento do Porto de Itaguaí, em atendimento às demandas atuais e futuras: "Estamos aprimorando cada vez mais nossas condições operacionais e de infraestrutura, que atendam às necessidades do mercado com segurança e qualidade".

Acesso Aquaviário - O superintendente destaca que foram fundamentais para o crescimento do porto "as adequações realizadas na infraestrutura aquaviária, tais como: o alargamento e aprofundamento do canal principal, visando atender aos navios 'tipo' que surgiram com os terminais e novas cargas; a otimização do acesso aquaviário, com a criação de novas áreas de fundeio que proporcionaram ganhos de produtividade aos terminais, gerando crescimento na movimentação de cargas; e a implementação do 'Canal Derivativo', que permitiu um acesso ao porto da entrada da Baía de Sepetiba até os terminais, dentro da poligonal do porto organizado, sob gestão direta da Autoridade Portuária".

Acesso Terrestre - Na infraestrutura terrestre, Alexandre Neves ressalta que "a Docas do Rio investiu na ampliação da portaria principal, com novos 'gates' de entrada e saída, adequando a capacidade instalada à duplicação da Rodovia Rio-Santos e ao Arco Metropolitano, e vem modernizando a iluminação e a sinalização das pistas, no intuito de proporcionar maior segurança ao tráfego de veículos". Também foram realizados investimentos no acesso ferroviário, por parte da concessionária e dos terminais, para ampliação dos ramais e aumento de linhas em atendimento às novas demandas do porto. Por fim, ele acrescentou que "os terminais arrendados investiram em novos equipamentos
operacionais que potencializaram a capacidade de recebimento, embarque e desembarque de mercadorias no porto".

Movimentação de cargas - De acordo com o Estatístico Aquaviário da agência reguladora, em 2021, o Porto de Itaguaí movimentou 51,7 milhões de toneladas, volume que representou um incremento de 11,9% em comparação com 2020. Dos 51,7 milhões de toneladas movimentadas no ano passado, 44,8 milhões foram de minério de ferro, o que corresponde a 87% do total e a um aumento de 11,7% em relação ao total de minério movimentado em 2020.