Covid & gravidez: o que eu devo saber?

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A infecção por Covid-19 declarada como Emergência em Saúde Pública de Importância Internacional (ESPIN) pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 30 de janeiro de 2020 tornou-se uma das principais preocupações de grávidas e puérperas. Essas mulheres foram categorizadas como grupo de risco, pois, caso sejam infectadas, a doença pode evoluir para formas graves com descompensação respiratória, a qual demanda um estado de atenção redobrada e constante.

Estudos recentes mostram que a transmissão de mãe para filho do SARS-CoV-2 pode ocorrer ainda no útero, através da placenta, durante o parto ou no período pós-parto; revelam também que 2-5% dos recém-nascidos de mães com COVID-19 estão infectados com SARS-CoV-2, geralmente apresentando doença leve, e 20% das infecções são assintomáticas.

O que mudou após o fim da ESPIN declarada em 22 de abril de 2022 pelo Ministério da Saúde?

Segundo nota oficial liberada pelo órgão, para determinar o fim da ESPIN, foram consideradas a capacidade de resposta do Sistema Único de Saúde (SUS), a melhora no cenário epidemiológico no país e o avanço da campanha de vacinação. O Brasil registra queda de mais de 80% na média móvel de casos e óbitos pela Covid-19, em comparação com o pico de casos originados pela variante Ômicron, no começo deste ano. Os critérios epidemiológicos, com parecer das áreas técnicas da Pasta, indicam que o Brasil não está mais em situação de emergência de saúde pública nacional.

Apesar do fim da ESPIN, os últimos números divulgados em 29 de maio de 2022 pelo Observatório Obstétrico Brasileiro Covid -19 somam 1.823 mortes de gestantes e puérperas durante o período da pandemia no território brasileiro.

A OMS atualizou, em 15 de fevereiro de 2022, as recomendações sobre a vacinação contra a Covid-19 para mulheres grávidas, reforçando que todas podem ser vacinadas contra a doença e que os benefícios da imunização são superiores aos prováveis riscos. De acordo com o órgão, os seguintes imunizantes são seguros para gestantes: Pfizer, Moderna, AstraZeneca, Janssen, Sinopharm, Sinovac-Coronavac, Bharat Biotech e Novavax.

Qual a recomendação do Ministério das Saúde? De acordo com a Nota técnica - atualização das recomendações referentes a vacinação contra a covid-19 em gestantes e puérperas até 45 dias pós-parto, atualizada em 18 de fevereiro de 2022: a vacinação das gestantes e puérperas (até 45 dias após o parto), a partir de 18 anos, deverá ser realizada com as vacinas que não contenham vetor viral (Sinovac/ Butantan e Pfizer/ Wyeth) e pode ser realizada em qualquer trimestre da gestação.

É necessário ter o esquema completo das duas doses, segundo a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo). As mulheres que completaram seu esquema vacinal há mais de 6 meses e que agora se encontram gestantes, recomenda - se a dose de reforço ou terceira dose. Os trabalhos recentes indicam uma perda de imunidade após 6 meses da segunda dose. Daí a necessidade de se recomendar a dose de reforço.

As gestantes, puérperas e seus contactantes devem manter as orientações da OMS Covid-19, tais como uma simples medida que é o uso de uma máscara bem ajustada, que cubra o nariz e a boca, medida fundamental para reduzir a transmissão do vírus causador da Covid-19 e salvar vidas. O uso das máscaras deve ser combinado com outras medidas preventivas, incluindo manter distanciamento físico de outras pessoas; evitar locais aglomerados, fechados e que envolvam contato próximo; garantir boa ventilação dos espaços internos; higienizar as mãos regularmente; e cobrir espirros e tosses com um lenço ou cotovelo dobrado. Estas medidas protetoras podem ajudar no controle da pandemia. Participe!