Farmácias terão que explicar preços

Por Redação

Pesquisa do Procon Carioca mostra variação de até 66,32% em relação ao reajuste autorizado

O Procon Carioca fez pesquisa de preços de alguns medicamentos, na última semana, em seis estabelecimentos: Drograsil, Raia, Venâncio, Pacheco, Nossa Drogaria, Tamoio e São Paulo. A consulta identificou grandes diferenças no que é cobrado pelo mesmo remédio. Além da diferença nos preços aplicados nas farmácias fiscalizadas, os agentes do Procon Carioca encontraram aumentos em outros produtos que vão além do reajuste autorizado, conforme decisão da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), que é de 10,89%.

Tal constatação levou a equipe do Procon Carioca a realizar um processo de Averiguação de Preliminar em sete redes de farmácia, para apurar a razão do reajuste maior em medicamentos como dipirona, paracetamol, nimesulida, torsilax, glifage, rivaroxabana, clonazepam, sinvastatina, metilfenidato e rosuvastatina.

Dez produtos foram pesquisados e, dentre os valores que chamaram a atenção dos fiscais, o preço cobrado pelo paracetamol mereceu destaque, com diferença de 66,32% em relação ao índice de reajuste autorizado. O multifenidato apresentou aumento de 33,11% e a dipirona de 34,56%.

As farmácias deverão apresentar esclarecimentos, com comprovação, na sede do Procon Carioca, no Rio de Janeiro.

O diretor executivo do instituto, Igor Costa, reafirma o compromisso com a defesa da população nas relações de consumo.

"Os preços não podem ser aumentados além do permitido e a equipe do Procon Carioca tem feito o monitoramento e continua a acompanhar para coibir qualquer desrespeito às leis consumeristas", afirma Igor.