O autocuidado na saúde da mulher

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Você sabia que o autocuidado pode promover mudanças nas escolhas e decisões relacionadas à saúde? Constantemente passamos por momentos em que decisões importantes precisam ser tomadas na vida pessoal, profissional e na forma de se cuidar. Cuidar do bem estar físico e emocional envolve ter informações confiáveis para tomar decisões mais assertivas. Nesse contexto, conhecer melhor sobre o que é o autocuidado pode potencializar o poder de escolhas e decisões dos indivíduos.

Mas afinal o que é autocuidado? A Organização Mundial da Saúde (OMS) define autocuidado como "a capacidade de indivíduos, famílias e comunidades de promover a saúde, prevenir doenças, manter-se saudável e lidar com doenças e deficiências com ou sem o apoio de um profissional de saúde." No entanto a própria OMS ressalta que existe muito mais no exercício do autocuidado a ser considerado como, por exemplo, cuidar da higiene da casa, do ambiente de trabalho e pessoal, da qualidade nutricional dos alimentos que se consome, da conivência social, das condições em que se vive, do estilo de vida que se escolhe adotar e fazer o tratamento correto e orientado pelo médico de medicamentos, entre outros. Além disso, os fatores socioeconômicos que abrangem nível de renda e crenças culturais influenciam nas ações de autocuidado.

Dado publicados pela OMS, 3,6 bilhões de pessoas, metade do mundo, não têm acesso a serviços essenciais de saúde e aponta a necessidade de intervenções de autocuidado para todos os países e contextos econômicos,como uma estratégia de alcançar a cobertura universal de saúde, promover a saúde, manter o mundo seguro e atender as pessoas em vulnerabilidade.

Abordar a temática do autocuidado é de extrema relevância para as mulheres, pois em vários lugares do mundo muitas mulheres não conseguem ter informações essências sobre a saúde feminina e muitas vezes não conseguem ter acesso aos conhecimentos produzidos no campo da ginecologia, obstetrícia e de sexualidade, por exemplo. Existem muitas barreiras sociais e econômicas que podem agravar o acesso à informação correta, bem como dificultar o acesso a realizações dos exames, vacinas e tratamentos tão importantes e necessários para a saúde feminina. Atualmente , o acesso de informações com as mídias sociais como Instagram ,facebook fica muito prático a busca rápida de informações pelos blogs e formadores de opiniões com muitos seguidores porém a formação sólida de profissionais de saúde assim como a fonte devem ser valorizados com um peso importante para a veracidade das informações e de forma a poder funcionar esses veículos como uma plataforma educativa e eficaz para a contribuição na qualidade de vida e principalmente estilo de vida a qual podemos interagir e assimilar de forma mais saudável e coletiva .

Importante lembrar que no dia 23 de junho de 2021 a OMS fez uma nova diretriz sobre intervenções de autocuidado visando colocar o indivíduo em primeiro lugar na gestão de sua saúde. Essa nova diretriz aponta recomendações baseadas em evidências sobre intervenções específicas de autocuidado que podem ajudar a garantir saúde e bem-estar de qualidade e promover e proteger os direitos humanos.

Diante desse cenário torna-se urgente informar e capacitar a população feminina para que as mulheres possam ter a responsabilidade de tomarem decisões sobre a sua própria saúde, mas para isso uma equipe multidisciplinar precisa estar treinada e atenta na organização de atividades com foco na disseminação do conhecimento , implementação de práticas de autocuidado no dia a dia, principalmente, entre as populações carentes e marginalizadas que tem dificuldades de acesso aos sistemas formais de educação e saúde. O autocuidado precisa fazer parte do hábito do estilo de vida de cada uma e torna -se um processo contínuo de cuidados.

No caso específico da mulher a educação para o autocuidado promove o acesso a informações e serviços com possibilidades de desenvolver a capacidade de escolha , autonomia e gerar uma qualidade de vida a qual na medicina chamamos de hábitos comportamentais. Essa é a base da pirâmide a qual mantemos um estilo de vida saudável e com isso evitamos ou conseguimos retardar o desenvolvimento de diversas doenças. Conhecimento é poder. O conhecimento adquirido irá permitir que elas sejam multiplicadoras ajudando outras pessoas, amigas em sua comunidade, compartilhando informações confiáveis entre si, prestando cuidados e dividindo as experiências vivenciadas no dia a dia.

Nós, do Saúde Contato e da Clínica Condé, nos preocupamos com a Saúde Feminina e o Autocuidado da Mulher por meio de informações, eventos e atendimentos com promoção a educação, o acolhimento e o cuidado da saúde da mulher. Acreditamos que existe um grande potencial para expandir cuidados de qualidade centrados no paciente, voltados para a saúde feminina, por meio de estratégias de autocuidado.

Acreditamos que os profissionais de saúde além de atender e cuidar da mulher deveriam ajudá-las a reconhecer os sintomas e apresentar opções de autocuidado colocando a mulher como gestora da sua própria saúde.