Apneia do sono piora qualidade de a vida

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Neste mês, o Ambulatório do Hospital de Clínicas do Ingá dará início ao tratamento da apneia obstrutiva do sono, conhecida como "distúrbio do sono", que leva à baixa da qualidade de vida. Pois as repentinas pausas respiratórias por mais de 10 segundos ou por respirações mais superficiais durante o sono causam um dessaturação (baixa da oxigenação no sangue).

Uma boa qualidade de sono é essencial para o bom funcionamento do organismo, principalmente nas crianças que estão se desenvolvendo, pois, durante o sono, são liberados os hormônios do crescimento, ou seja, aqueles que interferem na musculatura do corpo. Se não tratada, pode causar dessaturação (diminuição da oxigenação sanguínea), aumento da pressão arterial e da frequência cardíaca, alterações de memória e até causar efeitos deletérios para o coração.

Para a Sociedade Brasileira de Pneumologia, a apneia do sono é um grave problema de saúde pública. Estudos demonstram que dados de prevalência desta doença são preocupantes. De acordo com o Ministério da Saúde, a doença é mais comum em homens e acomete em torno de 5% da população geral, sendo 30% em indivíduos acima dos 50 anos de idade.

Segundo o coordenador do Centro de Reabilitação Cardiopulmonar do HCI, o fisioterapeuta Joedson Silva, a doença pode se originar de problemas da obesidade, alterações anatômicas das vias aéreas e alterações do sistema cardiovascular, sendo um fator de risco para doenças cardiovasculares e Acidente Vascular Cerebral (AVC), podendo aumentar a taxa de mortalidade.

Os sintomas mais comuns são cansaço excessivo, sono durante o dia, falta ou dificuldade de concentração e de raciocínio, aumento de peso e, até mesmo, depressão.

O especialista explica que o diagnóstico da apneia do sono é baseado na história clínica, exame físico e teste de registro do sono (Polissonografia).

O tratamento, contínuo ou temporário, pode ser feito através de aparelhos intraorais até utilização de pressão positiva contínua em vias aéreas (CPAP), o que vai depender da gravidade e indicação de cada caso.

"O tratamento da doença é muito importante para a melhoria da qualidade de vida do paciente", finaliza Joedson Silva.