Filhote de onça-parda é resgatado e levado para SG

O equipamento público da Área de Soltura de Animais Silvestres de São Gonçalo (ASAS) recebeu, no fim de semana, mais um ilustre visitante: um filhote de onça-parda (Puma concolor), resgatado em Cambuci, ao Norte do Estado, e encaminhado para a ASAS.

O animal foi resgatado inicialmente por um produtor rural. Ele comunicou o fato ao Linha Verde do Disque-denúncia, que acionou o CPAM. Os militares resgataram a onça e direcionaram o animal para a ASAS, por conta da proximidade e da estrutura necessária para o atendimento ao felino. O animal foi transportado em uma viatura climatizada e foi acompanhado de perto pela tenente Camila Almeida, médica veterinária e especialista clínica de animais selvagens.

"É gratificante saber que um equipamento que inauguramos há cerca de um ano rapidamente teve sua relevância reconhecida, atuando em parceria com instituições sérias como o CPAM, universidades e também atendendo às demandas que chegam através da população", destacou o prefeito Capitão Nelson.

Na ASAS, o animal recebeu atendimento clínico-laboratorial e veterinário, fez exame de sangue, foi alimentado e estabilizado após a longa viagem de Cambuci até São Gonçalo, mitigando assim, riscos decorrentes do estresse do processo. O filhote foi atendido pelos veterinários Pedro Alfazema e Bernardo Miranda, que atuam na Asas.

"O animal veio para a ASAS porque era o local mais próximo que poderia proporcionar a assistência adequada, o que é fundamental, tratando-se de um filhote de felídeo. Aqui ele recebeu todo o cuidado necessário e inclusive retiramos um carrapato que estava na região ocular do animal assim que chegou", disse o subsecretário de Meio Ambiente e também biólogo Glaucio Teixeira Brandão.

A Prefeitura de São Gonçalo e o Comando de Polícia Ambiental esclarecem que o animal não foi encaminhado para Área de Proteção para ser reintroduzido na região da Unidade de Conservação visto que é um filhote e o manejo de felinos, para que sejam devolvidos ao seu habitat, depende de autorização de outros órgãos ambientais e necessita de estudo técnico de veterinários e biólogos.