PF investiga tráfico de mulheres para a Itália
Desde as primeiras horas da manhã de ontem policiais federais realizaram buscas em endereços de suspeitos de integrar um suposto esquema de tráfico internacional e exploração sexual de pessoas.
Com autorização judicial, os agentes federais fizeram buscas em endereços residenciais e apreenderam documentos, dispositivos eletrônicos e outros objetos que possam ajudar nas investigações.
Os três mandados judiciais de busca e apreensão expedidos pela 12ª Vara da Justiça Federal foram cumpridos em Fortaleza, Caucauia e Carpina, em Pernambuco.
Segundo a PF, os investigados são suspeitos de arregimentar mulheres para prostituição na Itália. Em nota, a corporação informou que os investigadores também já reuniram indícios de que, na Europa, as brasileiras eram submetidas a trabalhos forçados; restrição de alimentação e sofriam constantes ameaças.
Batizada de Correntes não Visíveis, a operação de segunda-feira busca subsídios para que os policiais federais à frente do caso identifiquem a responsabilidade, bem como outras eventuais vítimas do esquema. Se condenados pela Justiça, os envolvidos poderão ser punidos com penas de até 25 anos de prisão, por favorecimento à prostituição e rufianismo, ao que podem se somar penas por outros eventuais crimes.
Levantamento feito por pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com apoio do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), e divulgado em dezembro de 2022, confirmou que as mulheres são as principais vítimas.