Quaquá quer Centro Aeroespacial nas Ilhas Maricás; entenda o projeto ambicioso

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Maricá
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O prefeito de Maricá, Washington Quaquá (PT), voltou a falar sobre seu projeto de transformar o município em referência aeroespacial. Em publicação nas redes sociais, nesta sexta-feira (13), ele revelou ter recebido o presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), Marco Antonio Chamon, para discutir a criação de um Centro Aeroespacial nas Ilhas Maricás — arquipélago a cerca de 5 km da costa de Itaipuaçu, sob jurisdição da Marinha do Brasil. A reunião aconteceu na sede da Companhia de Desenvolvimento de Maricá (Codemar), com a presença do presidente Celso Pansera, do secretário de Governo Arlen Pereira e do vice-prefeito João Maurício.
Por que isso é bom pra cidade: são mais empregos diretos e indiretos. Um centro desses, para o lançamento de satélites pequenos de comunicação, por exemplo, exige moradia para os funcionários, alimentação, toda uma logística que devolve recursos para Maricá!
Falamos também sobre a criação de um polo de formação de engenheiros aeroespaciais. Como vocês sabem, meu lema é: ‘foguete não dá ré’. E, em Maricá, eles vão voar alto e longe!”, escreveu Quaquá em seu perfil no Instagram.
O encontro contou com a apresentação de imagens das ilhas ao presidente da AEB, mas nenhum detalhe técnico ou institucional foi divulgado até o momento.
Apesar de parecer inusitada, a proposta não é nova. Em outubro de 2024, o prefeito já havia anunciado, durante uma coletiva de imprensa, o desejo de instalar uma base de lançamentos de pequenos satélites em Maricá. À época, Quaquá argumentou que o município reúne características estratégicas para o setor aeroespacial: localização privilegiada, proximidade com o mar e espaço para pesquisas científicas e tecnológicas.
“Maricá pode entrar para o circuito global de lançamentos de pequenos satélites. Isso movimentaria a economia, atrairia investimentos e posicionaria a cidade como referência em inovação”, declarou Quaquá em 2024.Itaipuaçu restaurants
A ideia, segundo ele, seria atrair universidades, centros de pesquisa e empresas ligadas ao setor de tecnologia espacial, gerando emprego qualificado e diversificando a matriz econômica da cidade — hoje fortemente dependente dos royalties do petróleo.
Apesar do entusiasmo do prefeito, o projeto ainda esbarra em diversos desafios, como o aval da Marinha, questões ambientais envolvendo a proteção das Ilhas Maricás e a viabilidade técnica de implantar uma estrutura desse porte no local.