Rafael Vicente abre a inédita "Pontos de Fuga", no MAC Niterói

Exposição reúne cerca de 70 obras, entre pinturas e uma instalação, que vai ocupar o salão principal - Foto: Lucas Benevides/Divulgação

Niterói
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Rafael Vicente abre, neste sábado (2), às 15h, a exposição “Pontos de Fuga”, no Museu de Arte Contemporânea de Niterói, celebrando 28 anos de carreira. A curadoria é assinada por Marcus Lontra.

São cerca de 70 obras, todas inéditas, entre pinturas – óleos sobre tela na sua maioria – e uma instalação, que vai ocupar o salão principal. Além disso, a mostra conta, ainda, com jogos de memória e quebra-cabeça para que o público possa interagir. O artista possui uma pesquisa muito influenciada pela paisagem urbana, com uso notável das perspectivas e de uma paleta de cores, que remetem ao ambiente de grandes metrópoles. Suas pinturas se iniciam em telas e se expandem pelas paredes, invadindo o espaço expositivo.

“Minha pesquisa em pintura sempre foi a paisagem, a exposição ‘Pontos de Fuga’ é um desdobramento desse meu olhar diante da paisagem. Muitas coisas me fascinam no campo plástico, mas sem dúvida, a perspectiva sempre foi algo que me atraiu. Mesmo sendo daltônico procuro explorar a cor nas minhas pinturas”, afirma Rafael Vicente.

Rafael Vicente tinha 18 anos quando abriu, no Centro Cultural Paschoal Carlos Magno, em Niterói, sua primeira exposição. Ele não imaginava que viria a ganhar importantes prêmios e que suas obras chegariam a lugares como França, Portugal, Holanda e Moçambique.

“Trata-se de um artista com domínio dos seus meios expressivos e ao mesmo tempo inquieto e criativo, construindo, pedra a pedra, quadro a quadro, a sua obra, a sua verdade, a sua história. E assim seguimos, as tardes caindo como viadutos e a gente insistindo em acreditar na arte como território de esperança e de resistência. Em tempos sombrios, a História nos ensina que a arte é a vestimenta sagrada dos bravos e corajosos”, explica Lontra.

Nesses 28 anos de carreira, o artista, que já abriu individuais e coletivas, no Brasil e no exterior, sempre sonhou em mostrar seu trabalho na obra de Oscar Niemeyer. “Durante muito tempo eu tive um Atelier na Praia das Flechas e diariamente ficava olhando o Museu e admirando a obra magnífica de Oscar Niemeyer e hoje aqui estou dentro do Museu realizando um sonho”, explica o artista.

Seu interesse pelas artes visuais se manifestou cedo, mais exatamente na casa onde passou a infância, em Icaraí, Niterói. Sua mãe, a artista plástica Maria das Graças Vicente, foi quem primeiro lhe apontou para aquela forma de expressão. E não tardaria para o que era um interesse vir a ser sua vocação. Sua formação se deu em duas das mais importantes instituições dedicadas ao tema no Rio de Janeiro: A Escola de Belas Artes da UFRJ – onde veio a ser professor entre 2005 e 2007– e da Escola de Artes Visuais do Parque Lage (EAV), onde foi aluno de Iole de Freitas (1945), entre outros grandes nomes das artes. Além da própria Iole, a paulista Suzi Coralli (1963) é uma importante referência na identidade artística de Rafael Vicente.

O artista também cumpriu residências em países como Paris (Pave D´Orsay pela ArtSan´sLab), Espanha (Casa Brasil de Madri, em 2002) e Moçambique, onde participou, em 2006, da Bienal Internacional realizada naquela capital, Maputo. E, em cada uma dessas mostras, sua produção teve a chancela dos mais importantes curadores do país. São nomes como o de Vanda Klabin, Fabiana de Moraes, Jorge Salomão e de Marcus Lontra. É de Lontra, aliás, uma das definições mais assertivas sobre o estilo de Rafael Vicente: “Trata-se de um artista com domínio dos seus meios expressivos e ao mesmo tempo inquieto e criativo, construindo, pedra a pedra, quadro a quadro, a sua obra, a sua verdade, a sua história”.

Ele atualmente é representado pelas Galerias Paulo Darzé em Salvador, Galeria Referência em Brasília e Almacén Thebaldi, no Rio de Janeiro.

 

Serviço:

Exposição “Pontos de fuga”, de Rafael Vicente

Abertura: 2 de julho, às 15h

Período expositivo: de 02 de julho a 28 de agosto

Visitação: de terça a domingo, das 10h às 18h

Local: MAC de Niterói – Salão Principal

Endereço: Mirante da Boa Viagem, s/nº, Boa Viagem, Niterói, RJ

Ingresso: R$ 12 (inteira) | R$ 6 (meia-entrada) - Têm direito à meia-entrada idosos a partir de 60 anos, jovens de baixa renda com idade entre 15 e 29 anos inscritos no CadÚnico, estudantes de escolas particulares, universitários e professores. É exigida a comprovação do direito ao benefício na bilheteria do museu.

Entrada gratuita para estudantes da rede pública (ensino médio), crianças de até 7 anos, portadores de necessidades especiais, moradores ou nascidos em Niterói (com apresentação do comprovante de residência) e visitantes de bicicleta. Na quarta-feira, a entrada é gratuita para todos.

No dia 2 de julho, a exposição é gratuita para todos

Venda: pelo site da Sympla ou na bilheteria do Museu. A entrada ao Museu deve ser feita até as 17h30.