Funcionários do Hospital Getulinho denunciam atraso no pagamento em Niterói

Fachada do hospital Getulinho: funcionários relatam problemas com o pagamento do novo piso salarial - Foto: Foto: Divulgação

Niterói
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Apesar de o Ministério da Saúde ter confirmado o repasse de verbas federais destinadas ao pagamento do piso nacional da enfermagem ao município de Niterói, funcionários do Hospital Municipal Getulio Vargas Filho, o Getulinho, denunciam que os valores não estão sendo repassados de forma regular aos profissionais da unidade desde o ano passado, quando o novo piso do setor foi aprovado. A prefeitura garantiu que todos os valores retroativos e atualizações salariais serão pagos.
De acordo com documento do Ministério da Saúde, o município recebeu os repasses referentes aos meses de setembro a novembro de 2024. No entanto, o valor de dezembro foi temporariamente retido após o Fundo Nacional de Saúde (FNS) identificar saldo em conta superior ao equivalente a três meses de repasses anteriores. A suspensão foi justificada como uma medida de gestão, “para otimizar a aplicação financeira dos recursos disponíveis”. Ainda assim, o próprio ministério afirma que os valores já transferidos seriam suficientes para garantir o pagamento dos profissionais da rede municipal.
‘Até agora nada’
Uma enfermeira da unidade, que preferiu não se identificar, relata que os atrasos se tornaram rotina e que os trabalhadores vivem um cenário de incerteza financeira.
— Estamos indo para o terceiro retroativo em atraso, e o que recebemos agora foi apenas o referente a março. Prometeram reajuste com a troca da OS (Organização Social que gerencia a unidade), mas até agora nada. Quem trabalha no plantão diurno ganha menos que o salário-mínimo. A gente está pedindo socorro — afirma.
A situação tem mobilizado parlamentares. A vereadora Fernanda Louback (PL) protocolou um requerimento junto à prefeitura cobrando esclarecimentos sobre a irregularidade nos pagamentos. Segundo ela, o problema é recente e já motivou diversas tentativas de mediação.
— Na propaganda está tudo uma maravilha. Mas na realidade falta comprometimento da prefeitura para resolver essa situação, que se arrasta desde 2023, segundo informações que levantamos. Inclusive eu cobro diretamente à Secretária de Saúde e já enviei esse caso ao Ministério Público. A situação não pode continuar dessa forma — disse a parlamentar.