Harmonização facial: riscos que o procedimento mal feito pode ocasionar

O paciente tem que respeitar o profissional e seguir as orientações de quem estudou para isso - Foto: Divulgação

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O processo de harmonização facial requer cuidados e a escolha de profissional especializado no procedimento. É um conjunto de técnicas aplicadas, principalmente com a aplicação do ácido hialurônico. O procedimento tem uma vida útil e ao passar do tempo é absorvido pelo organismo. A substância proporciona volume e também modela as partes do corpo como lábios, maçã do rosto e queixo; além do nariz e todas as partes do rosto. Mas, como tudo tem o seu contraponto, a má utilização do mesmo ou a falta de conhecimento do profissional pode trazer efeitos indesejáveis.

Liziane Gutierrez passou por muitas mudanças nos últimos anos com procedimentos estéticos como colocação de silicone em partes do corpo, por exemplo. Mas a harmonização facial, em 2018, foi mal sucedida e causou alterações em seu rosto que não agradaram a modelo.É o que explica a biomética especialista em estética e micropigmentações, Cíntya Costa.
“A harmonização precisa ser feita por um profissional capacitado que tenha formação nessa área. O ácido existe uma quantidade limite para ser trabalhado em determinada área do rosto. Além disso existe espaço de aplicação do produto. Qualquer coisa que a pessoa injeta na pele, a pele reage em um processo inflamatório e isso precisa de um tempo de cicatrização. Pode atingir vasos, alguma veia importante e ocasionar outros problemas”, frisouCíntya.
Um caso bastante falado recentemente foi o da modelo Liziane Gutierrez, participante do reality “A Fazenda“, da Record TV. A aparência da modelo chamou atenção dos participantes e o assunto ganhou as redes sociais. Profissionais que trabalham com estética comentam sobre os benefícios e os riscos da intervenção do ácido hialurônico no rosto, que pode fazer o efeito contrário ao embelezamento.

A modelo teve rejeição do produto que foi aplicado em quantidade excessiva. O rosto ficou inchado e deformado e desde então ela trava uma batalha com mais procedimentos estéticos para tentar desfazer o processo. O caso foi parar na Justiça e Gutierrez processou a clínica de estética que fez a intervenção.
“O nosso rosto tem artérias e veias importantes e isso precisa ser mapeado. Nós profissionais da estética temos que ter esse cuidado. O procedimento é feito com agulha e isso pode ocasionar uma oclusão que pode gerar até mesmo um AVC, uma cegueira e outros problemas”, comentou a esteta terapeuta.
Cíntya ainda frisou que além dos cuidados que o paciente tem que ter na hora de procurar e fazer um procedimento estético como esse, é preciso uma ética do profissional na hora de aceitar o trabalho. “Quais são os meus valores enquanto profissional? Vale a pena eu colocar em risco a vida de um paciente por conta de uma vaidade? Algumas coisas têm uma reversão e por isso é recomendado a paciência para as coisas serem feitas aos poucos. O paciente tem que respeitar o profissional e seguir as orientações de quem estudou para isso”, finalizou.