Emater-Rio resgata assistência humanizada com estratégias ao agronegócio

Com programação rica de orientações para a produção agrícola e o mercado institucional, o evento integra o planejamento estratégico de extensão rural continuada - Foto: Emater-Rio

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Aproximando o produtor das políticas públicas, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-Rio) promoveu a primeira edição do Extensionistas Sem Fronteiras na última terça e quarta-feira (17 e 18/5). A iniciativa é uma nova forma de manter o atendimento contínuo nas comunidades agrícolas e desenvolver negócios e dar qualidade de vida às famílias do campo.

O encontro ocorreu em Santa Maria Madalena, Serra Fluminense, e Conceição de Macabu, Norte Fluminense. O presidente da Emater-Rio, Marcelo Costa, frisou a proposta da iniciativa. "É um esforço de integração com as prefeituras municipais de Carapebus, Quissamã, Santa Maria Madalena, Trajano de Moraes e Conceição de Macabu para aproximar os extensionistas dos produtores. Os escritórios locais de cada município estão atuando em parceria com o Cidennf, e agregando nas áreas em que o produtor necessita de especialista", detalhou.

A Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado do Rio de Janeiro (Pesagro), vinculada à Secretaria de Estado de Agricultura, Pesca, Pecuária e Abastecimento (Seappa), também marcou presença com serviços de análise de solo. Costa explicou que o evento fomenta um primeiro encontro geral da categoria e vai além no atendimento individual de demandas dos produtores.

"Temos técnicos da Emater-Rio, da Pesagro-Rio, do Agrofundo, embora o mais importante sejam os moradores das áreas rurais e os produtores presentes. É uma oportunidade de ampliar a atenção às demandas do campo. Temos o dia especial de encontro com todos e depois ocorre os desdobramentos com atendimento nas comunidades. O Extensionistas Sem Fronteiras é um dia de intercâmbio, de mobilização e motivação tanto aos técnicos extensionistas como aos produtores rurais", acrescentou.

Matriz turística e selo de qualidade

Entre as palestras técnicas ministradas, o Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento do Norte e Noroeste (Cidennf) abordou os 'Caminhos para o Turismo Rural' e o 'Programa de Selo da Agroindústria'. O diretor de programas, projetos e integração, Ézio Tavares, pontuou sobre a estruturação de matrizes naturais, como o turismo rural, como alternativa de enriquecimento das cadeias produtivas.

Pesquisamos junto a historiadores de universidades o contexto histórico para formalizar o projeto turístico regional para levantar o público no roteiro do turismo rural. O circuito começa em Macaé e termina em Porciúncula, com 350 km de extensão, e cada município vai integrando com suas regionalidades. Buscamos sensibilizar os produtores para enxergarem o potencial das regiões como modelos naturais de produção turística e agregarmos valor às localidades


O projeto passa por diversas etapas até a formalização efetiva da cadeia turística, como o
mapeamento e georreferenciamento das regiões até a certificação e notificação dos produtos. Tavares ainda citou o Sistema Brasileiro de Inspeção (SISB) como vantagem competitiva para comercializar produtos de origem animal, por exemplo, em todo o território nacional.

"Atuando com nossa equipe multidisciplinar, em parceria com a expertise de mapeamento da Emater-Rio junto aos produtores, fazemos toda a parte de gestão, fiscalização e implementação para o selo de inspeção. A partir disso, a agroindústria ganha qualidade na circulação comercial dentro dos municípios do consórcio e os produtores aumentam o lucro exportando para outros estados", completou.

Segurança alimentar

A gerente técnica estadual de mercados institucionais, Cristianne Mendonça, indicou áreas emergentes que a Emater-Rio reforçou assistência, como direitos previdenciários dos produtores e a política de segurança alimentar. A Política Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) nesse sentido é uma ferramenta fundamental para garantir e aumentar a qualidade nutricional de crianças e adolescentes e dinamizar a economia local com produtos genuinamente regionais.

“O Extensionistas Sem Fronteiras é uma nova forma de trabalho, com metodologias mais específicas diferentes dos Dias de Campo que fazemos, por exemplo. Foi uma retomada da nossa conexão, do nosso contato físico com os agricultores, ampliando as informações de temas relacionados a tudo o que leva a uma agricultura sustentável. Destacamos o PNAE e o Programa Alimenta Brasil como alternativa considerando o potencial estratégico principalmente durante a pandemia, reforçando os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs)”, contou.

Neste ano, foram inclusos sete itens da agricultura familiar, dentre alguns o café, a farinha de mandioca, o fubá, o leite etc. O PNAE determina que ao menos 30% dos recursos passados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) sejam para a aquisição da cesta de alimentos da agricultura familiar, complementando a renda com prefeituras municipais e governos estaduais. A Emater-Rio facilita a inscrição de produtores para o programa e capacita os municípios desde 2009 para o escoamento de produtos agrícolas e o abastecimento alimentício.