Governador em exercício recebe família de meninas mortas na Baixada Fluminense

Encontro entre parentes das meninas Emilly Victoria e Rebeca Beatriz com o governador em exercício, Cláudio Castro, ocorreu no Palácio Guanabara - Foto: Rogerio Santana / Governo do Estado

Rio de Janeiro
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A família das primas Emilly Victoria e Rebeca Beatriz Rodrigues dos Santos, de 4 e 7 anos, respectivamente, vítimas de bala perdida na porta de casa, em Duque de Caxias (Baixada Fluminense), na última sexta-feira, foi recebida nesta segunda no Palácio Guanabara pelo governador em exercício do Rio de Janeiro, Cláudio Castro.

Ana Lúcia Silva Moreira, mãe da Emilly; Maicon Douglas Moreira Santos, pai da Rebeca; e os avós das duas meninas, Lídia da Silva Moreira Santos e Luís Roberto Santos, se reuniram com Castro e a subsecretária de vitimados, Pricilla Azevedo Barletta, no Palácio Guanabara. O governador se solidarizou com as famílias e determinou a investigação rápida e a punição dos culpados.

"Quero me solidarizar, dizer que isso tem que acabar. Faço um compromisso aqui com vocês, nós vamos atrás dos culpados. Se for agente do poder público, vamos punir severamente do mesmo jeito, me comprometo com a imparcialidade total. Cada família é uma história, um sonho, não é apenas um dado, não é um número. Minha luta é para não perder a humanidade que me trouxe aqui", afirmou Cláudio Castro.

A Subsecretaria de Vitimados, ligada à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, afirmou que vem oferecendo suporte e apoio aos familiares das meninas.

"Assim que ficamos sabemos desse caso, entramos em contato com a família. Hoje tivemos a oportunidade de conversar pessoalmente. A necessidade de apoio psicológico aparece muitas vezes dias após o fato, a gente acompanha, acolhe e jamais abandona os familiares", disse a subsecretária de Vitimados, Pricilla Azevedo Barletta.

Integrantes da Defensoria Pública do Estado, da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa (Alerj), da Anistia Internacional e, ainda, dos coletivos 'Movimenta Caxias' e 'Coalizão Negro Por Direitos' também acompanharam o encontro.

"Quero que a Justiça seja feita. Chega dessa violência dentro das favelas, onde 99% das pessoas são trabalhadoras", ressaltou a avó das meninas, Lídia da Silva Moreira Santos.

As investigações estão a cargo da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense. Os cinco policiais militares que estavam no local já foram ouvidos durante o final de semana. As armas dos agentes – cinco fuzis e cinco pistolas – também foram apreendidas. A perícia está realizando o exame de balística que apura de onde partiram os disparos que atingiram as duas crianças. Os familiares das vítimas também serão ouvidos pela Polícia Civil.