Prefeito Marcello Crivella é preso em operação do MP e da polícia

Na chegada à Cidade da Polícia, Marcelo Crivella declarou que está sendo vítima de perseguição política - Foto: Reprodução/TV Globo

Rio de Janeiro
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O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos), foi preso na manhã desta quarta-feira (22), em uma operação da Polícia Civil em conjunto com o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ). O prefeito foi preso na casa onde mora, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, e levado para a Cidade da Polícia, na Zona Norte da cidade. Ele chegou à Cidade da Polícia por volta das 6h30.


Outros nomes também foram presos na mesma operação, o empresário Rafael Alves, o delegado aposentado Fernando Moraes, o ex-tesoureiro da campanha de Crivella, Mauro Macedo, os também empresários Adenor Gonçalves dos Santos e Cristiano Stockler Campos.


Além deles, o ex-senador Eduardo Lopes também é um dos alvos da operação, mas não foi encontrado em sua casa no Rio nesta manhã. O político deverá se apresentar para a polícia em Belém, para onde teria se mudado. Crivella foi um dos alvos de uma ação que investiga um esquema de corrupção na cidade. Batizada de "Operação Hades", as investigações apontam um suposto 'QG de Propina' dentro da Prefeitura do Rio.


QG de Propina
Conforme as investigações, empresas que tinham interesses em fechar contratos ou tinham algum dinheiro para receber do município, entregavam cheques a Rafael Alves, irmão de Marcelo Alves — então presidente da Riotur, que em seguida facilitava a assinatura dos contratos e o pagamento de dívidas.


A investigação que desencadeou a Operação Hades foi baseada na delação do doleiro Sérgio Mizrahy, preso em uma operação de 2019. De acordo com ele, haveria um “QG da Propina” dentro da Riotur, alegando ainda que o empresário Rafael Alves era o coordenador QG.

A Operação Hades foi deflagrada pela primeira vez em março deste ano, e teve como alvo a Prefeitura do Rio de Janeiro, a sede da Riotur, a residência de Marcelo Alves, ex-presidente da Riotur, e do irmão dele, Rafael.

Crivella cita perseguição política
Em declarações feitas à imprensa, antes de entrar na Delegacia Fazendária, o prefeito se disse vítima de perseguição política, afirmou que, em seu governo, combateu a corrupção e afirmou querer justiça.
Em nota, o MPRJ confirmou que cumpriu mandados de prisão contra suspeitos de integrar de um esquema ilegal que atuava na prefeitura do Rio. “Em razão do sigilo decretado pela Justiça, não podem ser fornecidas outras informações”, diz a nota.


Como o vice-prefeito de Crivella Fernando McDowell morreu em maio de 2018, quem irá assumir a prefeitura durante os nove dias que ainda faltam para se cumprir o mandato, até a posse do prefeito eleito, Eduardo Paes, será o presidente da Câmara de Vereadores, Jorge Felipe (DEM).