Witzel lança canal religioso na internet

Por Redação

Governador afastado vem publicando vídeos diários sobre temáticas religiosas

Wilson Witzel, governador do Rio de Janeiro, afastado do cargo desde agosto deste ano, lançou há quase uma semana o canal no Youtube 'Os Caminhos da Fé', onde debate temas da moral cristã. Em um dos vídeos, o político, que é evangélico, fala sobre o tema 'Egoísmo: o grande mal da humanidade'. 


Conforme Witzel, o intuito do perfil é dialogar com outros cristãos e divulgar trabalhos que "possam estimular outras pessoas a praticarem boas ações".

"Criei este canal, Caminhos da Fé, para conversar com as pessoas que trabalham nos seus ministérios e para ajudar outras pessoas. Criei o canal para divulgar trabalhos que são realizados pelas pessoas, para que elas possam estimular outras a também praticarem boas ações. Este canal que dedico aos grandes líderes religiosos", disse em vídeo do canal.

O governador afastado aguarda as etapas do processo do Tribunal Especial Misto (TEM), que tem ouvido pessoas próximas do executivo fluminense. Witzel é acusado de participar de esquemas de irregularidades e fraudes na gestão da Saúde do estado. Ele não desviou dos assuntos políticos na última live, que somava seis visualizações até essa quarta-feira.

"Quem vem para agradecer, ou fazer crítica, são todos bem-vindos. É um momento em que nós estamos passando muitas dificuldades no estado do Rio de Janeiro, e tenho certeza que muita gente tem suas críticas para serem feitas, e todas são bem-vindas. Faz parte da vida pública. Fui criticado como juiz, como político não seria diferente".

Na segunda (28) o presidente do Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ), Cláudio de Mello Tavares, suspendeu o prazo para a conclusão do processo de impeachment de Witzel. Assim, a contagem inicial de 180 para o fim do julgamento foi interrompida. A decisão foi tomada após o Supremo Tribunal Federal (STF) suspender do governador afastado, que seria ouvido pelo Tribunal Especial Misto.

Conforme liminar, ele só poderá ser ouvido depois que os advogados de defesa tiverem acesso aos documentos enviados pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) aos desembargadores, incluindo o conteúdo da delação do ex-secretário de Saúde, Edmar Santos.