Exame de alcoolemia de capitão dos bombeiros dá negativo

João Maurício, indiciado pelo atropelamento de ciclista, é capitão do Corpo de Bombeiros - Foto: Reprodução

Rio de Janeiro
Tpografia
  • Mínimo Pequeno Médio Grande Gigante
  • Fonte Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

O teste de alcoolemia do capitão do Corpo de Bombeiros do Rio João Maurício Correia Passos, preso por atropelar e matar um ciclista na manhã de segunda-feira (11), deu negativo. O exame foi feito cerca de seis horas após o crime, ocasião quando o militar foi encontrado, após fugir do crime. Ainda assim, a Polícia Civil, sem esperar o resultado, indiciou o bombeiro por homicídio com dolo eventual, quando se assume o risco de matar, além de fuga do local e embriaguez ao volante.

De acordo com o delegado Alan Luxardo, da 42ª DP (Recreio), o indiciamento levou em consideração um vídeo postado na internet mostrando João Maurício dançando com garrafas de vodca e de uísque uma hora antes do atropelamento, o depoimento de testemunhas, o fato do bombeiro ter fugido do local e, uma outra evidência em vídeo gravada por câmeras de segurança, onde o capitão aparece comprando cerveja em uma loja de conveniência.

Após o acidente, o carro ficou ficou destruída, e dentro os policiais encontraram uma garrafa de uísque. O capitão fugiu do local e foi até a casa de um amigo na Rua Professora Souza Leão, a um quilômetro do local, onde foi encontrado e preso.

Na delegacia, João contou que não lembra se dirigia em alta velocidade, afirmando apenas que comprou um energético antes do acidente. Sobre a fuga, ele alegou medo de linchamento, embora o local na hora da tragédia estivesse vazio.

Agressões na companheira
Em um relatório de 30 de dezembro, a Polícia Civil chegou a pedir a prisão preventiva do capitão. Na época, João Maurício foi indiciado por lesão corporal, ameaça e enquadrado na Lei Maria da Penha. No documento ele é citado como agressivo, alcoólatra e viciado em drogas.

No dia 5 de janeiro deste ano, a mulher de Passos foi à delegacia e afirmou à polícia ter ficado paraplégica depois de um acidente de trânsito causado pelo marido. Segundo ela, na ocasião o oficial estava alcoolizado. Ela contou que era agredida frequentemente dentro de casa. O caso mais recente teria ocorrido no mesmo dia da denúncia. A vítima contou que tem dois filhos e é casada com o oficial há 14 anos.

Ainda de acordo com ela, no dia 5 deste mês, ela estava em casa quando o marido chegou bêbado. A mulher afirmou que o oficial chegou a xingar e ameaçar de morte. Ela tentou ligar para a polícia mas o marido tentou estrangulá-la quando descobriu a denúncia. As agressões só pararam quando policiais apareceram na residência.