O Plantão Judiciário do RJ determinou na manhã de hoje (26) que a Oi religue imediatamente a internet do governo do Estado do Rio. A companhia cortou de madrugada o acesso, alegando fim de contrato e uma dívida de R$ 300 milhões.
O corte afetou sistemas do Detran, incluindo identificação civil, além das secretarias de Educação, Fazenda, Polícia Militar, Polícia Civil e a própria sede do governo. A liminar foi concedida após uma ação da Procuradoria-Geral do Estado (PGE).
De acordo com a PGE, o corte afeta mais de cinco mil pessoas que seriam atendidas pelo Detran nesta terça (26), além de causar prejuízo ao atendimento em todas as delegacias do estado e aos sistemas de matrícula da rede estadual de ensino e da secretaria de Estado de Fazenda. Segundo o estado, no entanto, os serviços essenciais nas delegacias e batalhões de polícia estão mantidos.
Um contrato emergencial com a operadora de telefonia foi firmado em junho do ano passado, e tinha validade até o dia 14 de dezembro de 2020. Segundo a ação da PGE, uma sindicância interna identificou indícios de sobrepreço de até 40 vezes nos valores.
Segundo a procuradoria, uma sindicância foi instaurada no final de outubro do ano passado, e só no fim de novembro o Tribunal de Contas do Estado (TCE) autorizou a licitação definitiva para os serviços de internet e telefonia. Ainda de acordo com a PGE, não havia tempo hábil para a substituição dos serviços até o fim do contrato emergencial, em 14 de dezembro, e o Governo teria iniciado uma negociação para que ele fosse prorrogado com valores menores até a conclusão da licitação, marcada para o início de fevereiro.
Em nota, a operadora Oi afirmou que a iniciativa de não renovar o contrato foi do governo do rio. "Sem suporte contratual, e a despeito de todas as comunicações formalmente enviadas pela Oi a Proderj e ao Governo do Estado, a Oi seu viu obrigada a descontinuar a prestação do fornecimento de linhas telefônicas e links de dados que atendem áreas administrativas do Governo. A companhia manterá, mesmo sem contrato, os serviços ativos considerados essenciais à população, como os que atendem aos bombeiros, polícia militar e civil, hospitais, presídios e Degase", diz a nota.
Segundo a operadora, o governo acumulou cerca de R$ 300 milhões em dívidas, e está a disposição para renegociar os valores e contratos. "A Oi esclarece que, há meses, tem realizado diversas tratativas para que a inadimplência e o encerramento dos contratos existentes não gerem impacto na prestação de serviço, não tendo obtido sucesso", completa
Justiça do Rio manda Oi religar internet do Governo do Estado

Um dos lugares prejudicados com falta de internet foi a própria sede do governo - Foto: Agência Brasil
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