Estudante da UFRJ foi levado para executado em Sumaré, diz DH

Por Redação

A investigação da DHBF revela que, antes de ser executado, o estudante teria intermediado uma negociação para a encomenda de uma carga de skank, avaliada em R$ 80 mil

Conforme conclusão da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), após ser sequestrado, Marcos Winícius Tomé Coelho de Lima, de 20 anos, estudante de Farmácia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, foi levado por traficantes para a Estrada do Sumaré, via que corta a Floresta da Tijuca. Lá, em uma região próxima aos acessos das favelas Fallet, Fogueteiro e Turano, no Rio Comprido, o jovem teria sido executado.

Marcos foi raptado no dia 8 de outubro de 2020 na Urca, Zona Sul do Rio, após sair de um shopping, de acordo com câmeras de segurança. Imagens mostram o rapaz pedalando, quando um carro branco surge na contramão e atinge a bicicleta elétrica da vítima.

No carro, segundo a DHBF, estavam Denner Dias Barcia Alves e Igor Moreira Dantas. O assassinato foi motivado pelo roubo de uma carga de drogas do qual a vítima teria participado dias antes. Um dos donos da carga seria Denner, preso desde dezembro como mandante do homicídio. Igor está foragido.

A investigação da DHBF revela que, antes de ser executado, o estudante teria intermediado uma negociação para a encomenda de uma carga de skank, avaliada em R$ 80 mil. A droga, segundo o inquérito pertencia a Denner e José Ricardo dos Santos Pontes Junior, o Russão da Ilha. Quando a droga ia ser entregue, em Copacabana, amigos de Marcos Winícius assaltaram Denner, e levaram a mercadoria.

A Polícia Civil investiga a participação de policiais militares no bando que roubou a droga. Conhecido como boteiros (dão um bote para se apropriar da carga), o grupo age em Botafogo, Copacabana, Ipanema, Leblon, Barra e Recreio. Logo após o episódio, alguns integrantes do grupo de boteiros, amigos de Marcos Winícius, fugiram para São Paulo. Como ele ficou no Rio, acabou sendo morto pelos traficantes.