Saúde vai distribuir vacina da Pfizer contra covid para 19 municípios

Doses serão enviadas para cidades com mais de 150 mil habitantes e que estão a até duas horas e meia da capital - Foto: Divulgação

Rio de Janeiro
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A Secretaria de Estado de Saúde (SES) recebeu, na noite de terça-feira (18), 57.330 doses da vacina Pfizer contra covid-19. Após pactuação com o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (COSEMS), ficou definido que o lote será distribuído para municípios do estado com população acima de 150 mil habitantes. Dessa forma, a remessa será destinada a 19 cidades: Angra dos Reis, Barra Mansa, Belford Roxo, Cabo Frio, Campos dos Goytacazes, Duque de Caxias, Itaboraí, Macaé, Magé, Mesquita, Nilópolis, Niterói, Nova Friburgo, Nova Iguaçu, Petrópolis, São Gonçalo, São João de Meriti, Teresópolis e Volta Redonda.

"É importante continuarmos avançando no calendário vacinal, porém a vacina da Pfizer requer algumas exigências para ser distribuída. Até a próxima terça-feira, faremos toda a logística de entrega desses imunizantes aos 19 municípios selecionados", afirmou o secretário de Saúde, Alexandre Chieppe.

O Ministério da Saúde enviou ofício aos estados esclarecendo que, de acordo com as novas orientações sobre o armazenamento da vacina e a necessidade de ampliação do calendário vacinal, o imunizante da Pfizer poderá ser distribuído para cidades que estejam a até duas horas e meia de distância da capital. O documento também reforça a importância de as doses serem destinadas a municípios que tiverem recebido a capacitação da Coordenação Geral do Programa Nacional de Imunizações sobre logística e uso dessa vacina nos dias 17 e 18 de maio.

De acordo com o ofício, a logística de transporte e o armazenamento nas centrais de rede de frio deve ser na faixa de -15°C a -25°C, no período máximo de 14 dias. Já para o armazenamento nas unidades de saúde, as vacinas devem permanecer entre 2°C e 8°C. Nesse caso, o imunizante tem durabilidade de cinco dias. Após aberto, o vidro de seis doses deve ser utilizado integralmente em no máximo seis horas.

As doses ficarão armazenadas em câmara fria da SES e serão distribuídas em pequenos lotes aos municípios, com agendamento prévio das pessoas a serem vacinadas, para evitar o desperdício de doses do imunizante.

A Subsecretaria de Vigilância em Saúde (SVS) está em discussão com o COSEMS para orientar sobre o uso correto da vacina da Pfizer. Além disso, a SVS reforça a importância de se aplicar essa vacina exclusivamente em unidades de saúde, considerando o preparo e a conservação do imunizante.

Insumos - O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, confirmou ontem (19) que o volume de insumos para a vacina CoronaVac que chegará ao Brasil na próxima semana será menor do que foi inicialmente previsto. A quantidade confirmada pelo governo chinês é de apenas 3 mil litros de insumo farmacêutico ativo (IFA), mil a menos do que havia sido anunciado pelo Instituto Butantan na última segunda-feira (17).

Os 3 mil litros de insumos para a vacina devem chegar ao Brasil entre os dias 25 e 26 de maio e são suficientes para fabricar cerca de 5 milhões de doses de vacina.

A CoronaVac é uma vacina contra a covid-19 desenvolvida pelo Instituto Butantan e pela farmacêutica chinesa Sinovac, que tem enviado os insumos para que a vacina seja produzida no Brasil. Segundo o Butantan, a Sinovac já tem 10 mil litros de insumos prontos para enviar ao Brasil, mas aguarda a autorização de embarque do governo chinês.

Com o atraso na chegada dos insumos, Dimas Covas prevê que haverá atraso também na entrega das doses da vacina ao Ministério da Saúde. "O Butantan tinha uma previsão de entrega de 12 milhões de doses [da vacina CoronaVac] em maio e 6 milhões em junho [para o Ministério da Saúde]. Para totalizar esse volume, precisaríamos de 10 mil litros [de insumos], que deveriam estar disponíveis no começo de maio. Na primeira previsão, no início desta semana, chegou a informação da Sinovac de que teria solicitado autorização para 4 mil litros [de insumos], e ontem foram autorizados efetivamente 3 mil litros de insumos. Com isso, o cronograma [de entrega de vacina para o Ministério da Saúde] não se cumprirá, e aguardamos a próxima remessa de matéria-prima",
disse Covas.