Museu de Imagens do Inconsciente apresenta exposição virtual

A exposição "Três Artistas de Engenho de Dentro" reúne cerca de 90 obras pouco conhecidas pelo público - Foto: Reprodução/ MII

Rio de Janeiro
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O Museu de Imagens do Inconsciente (MII) apresenta, por tempo indeterminado, a exposição virtual “Três Artistas de Engenho de Dentro”, com um recorte inédito, que reúne 90 obras muito pouco conhecidas pelo público, de Adelina Gomes (1916-1984), Fernando Diniz (1918-1999) e Octávio Ignácio (1916-1980).

Com curadoria de Marco Antonio Teobaldo, Luiz Carlos Mello e Eurípedes Gomes da Cruz Júnior, o maior desafio foi selecionar obras dentro da vasta produção dos três artistas. O formato digital permite valorizar a força de cada um dos trabalhos, que “reconta de certa forma suas trajetórias, traço característico do resultado do trabalho criado e desenvolvido pela Dra. Nise da Silveira (1905-1999)”, comenta Marco Antonio Teobaldo. A exposição poderá ser vista no link https://mii.org.br/3artistas.

Os três artistas eram negros, de origem humilde. Marco Antonio Teobaldo salienta na apresentação da exposição que “não há como separar a figura dos criadores de suas respectivas produções artísticas, porque o processo de construção dessas obras e seus códigos estão diretamente relacionados com a história de vida de cada um deles”. “Esta exposição proporciona ao observador um mergulho em três universos distintos, que transitam entre feminino e masculino, sistemas e organização de imagens,cores saturadas e linhas. Impossível não se emocionar com tamanha beleza!”, afirma.

A exposição virtual será de longa duração, e é bilíngue (português/inglês), para ampliar o acesso a este raro e singular acervo, uma referência mundial do assunto. O Museu fundado por Nise da Silveira em 1952, no bairro Engenho de Dentro, Zona Norte do Rio, possui um acervo de 400 mil obras, o maior de seu gênero.

A exposição traz ainda minibiografias dos três artistas, textos críticos sobre o trabalho de cada um deles, além da apresentação de Marco Antonio Teobaldo. Comentários da própria Nise da Silveira sobre os artistas também estão na exposição. O pesquisador e historiador da arte Raphael Fonseca conta como conheceu o trabalho de Adelina Gomes.