O secretário estadual de educação, Alexandre Valle, exonerou o diretor geral do Departamento de Ações Socioeducativas (Degase), Leonardo Lúcio Souza, e outros auxiliares após uma decisão da justiça que determinou o afastamento por suspeita de abuso sexual contra adolescentes internas da unidade feminina Professor Antônio Carlos Gomes da Costa (CENSE PACGC), na Ilha do Governador.
Um documento entregue à Justiça do Rio detalhou diversos episódios envolvendo abusos contra as adolescentes. Duas delas engravidaram dentro do Cense e uma outra sofreu um aborto espontâneo.
Valle explicou que a investigação estava em sigilo e que ninguém sabia. “A Secretaria de Educação tomou ciência disso ontem, às 18h, quando recebi a sentença da juíza. Em momento algum fomos informados”, disse Valle. “O Estado do RJ não compactua com essas atitudes.”
O governador também determinou ao secretário Allan Turnowski que a Polícia Civil “apure as denúncias com todo o rigor”. “A Secretaria de Vitimados vai prestar todo o auxílio necessário às internas e seus familiares”, disse o governo, em nota.
De acordo com a denúncia, os agentes Edilson Mendes de Araújo e Alisson Pires Barreto são apontados como autores dos abusos. As menores disseram ainda, em depoimento à justiça, que os agentes Lucídio Ramos Martins e Thais Bernardes Sales Bento, além do diretor da unidade, Leonardo Lúcio de Souza, tinham ciência dos abusos cometidos. O nome do agente Raphael Peçanha Barreto, que coordenou um dos plantões na unidade, também aparece na denúncia.
A juíza titular da Vara de Execuções de Medidas Socioeducativas do Rio, Lúcia Mothe Glioche, disse que deve ouvir os denunciados no dia 15 de julho. Ela também solicitou que as internas envolvidas nos episódios sejam transferidas de unidade.
Diretor do Degase é exonerado após denúncia de abuso sexual em unidade
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