Baía de Guanabara ganha foco em novo livro que será lançado com live e debate

Escritor e jornalista, Emanuel Alencar atualiza na obra a situação da Baía - Foto: Reprodução

Rio de Janeiro
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Atualizações sobre a situação da Baía de Guanabara pós-Olimpíadas são as novidades na segunda edição do livro-reportagem ""Baía de Guanabara: descaso e resistência", do autor e jornalista Emanuel Alencar, que será lançado hoje (2), às 19h, por meio de live no canal do Youtube da Fundação Heinrich Böll Brasil, em parceira com a Mórula Editorial.

Durante o evento, autor e convidados referências na área ambiental vão debater sobre as melhoras e pioras no processo de despoluição da Baía, entendendo possíveis futuros e analisando promessas feitas por políticos em relação à preservação do local. Além disso, problemas relacionados a esgoto não tratado descartado na Baía Oceânica deixam tudo ainda mais complicado.

"Não devemos esperar uma Guanabara limpa nas próximas duas décadas se os investimentos seguirem longe da prioridade dos governantes. Para além das pequenas ações a curto prazo, cabe à população decidir se a Guanabara limpa é, de fato, uma demanda social, assim como são melhorias em saúde, educação, habitação, transporte público e segurança. A agenda ambiental, achincalhada pelos defensores da retrógrada visão de que a proteção ambiental impede o desenvolvimento econômico, segue relegada a segundo plano", destacou Emanuel Alencar.

Participam do evento a jornalista e escritora Cristina Serra; a mobilizadora do aplicativo Cocôzap, Ruth Osório; o advogado ambientalista e analista do ICMBio, Rogério Rocco e o professor titular do Departamento de Ecologia da UFRJ, Fábio Scarano.

>>Um dos pontos que serão discutidos no evento será a preocupação com as mudanças climáticas, que ganharam uma nova urgência com o relatório recente do Painel Internacional da Mudança Climática (IPCC). O alerta é que a temperatura global deve atingir - ou ultrapassar - 1,5ºC de aumento nas próximas duas décadas.

"Os quase 12 milhões de habitantes da Região Metropolitana do Rio, especialmente os mais pobres, e a rica diversidade biológica que ela ainda dispõe estão sob risco. Há uma opção a favor do aparato industrial e petroquímico, divorciada do desenvolvimento sustentável. Claramente, se continuarmos usando a baía como "vaso sanitário", as mudanças climáticas seriam análogas ao efeito de "entupimento" desse vaso que transbordaria sobre tudo que o cerca", alerta Alencar.