Megaoperação na Vila Cruzeiro foi para impedir migração de traficantes para a Rocinha

Até o momento, uma moradora e dez suspeitos foram mortos e três pessoas que ficaram feridas, entre elas um policial civil - Foto: Agencia Brasil

Rio de Janeiro
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O coronel Luiz Henrique Marinho Pires, secretário de Polícia Militar, disse que a megaoperação na Vila Cruzeiro, na Penha, Zona Norte do Rio, nesta terça-feira, estava sendo planejada há meses e foi deflagrada para impedir a migração de traficantes para a Rocinha, Zona Sul, ambas dominadas pelo Comando Vermelho (CV). Até o momento, uma moradora e dez suspeitos foram mortos e três pessoas que ficaram feridas, entre elas um policial civil.

Agentes do Bope, da PRF e da PF conseguiram interceptar a ação de mais de 50 criminosos que sairiam da Vila Cruzeiro para se juntar a traficantes da Rocinha. "Durante a madrugada, identificamos uma grande movimentação de criminosos, e por conta disso desencadeamos essa ação. Provavelmente, para haver uma invasão", explicou o coronel.

De acordo com o superintendente da PRF, Rômulo Silva, o trabalho de inteligência realizado entre as forças de segurança do estado e nacional foi fundamental para o sucesso da operação. Os agentes lamentaram a morte da moradora Gabriele Ferreira da Cunha, de 41 anos, mas frisaram que diante da forte reação dos criminosos, precisaram reagir à altura.

Segundo Uirá do Nascimento, tenente-coronel do Bope, havia a informação de que entre os criminosos tinha chefes de facção de outros estados atuando pelo Rio também. "Sabemos que criminosos de Alagoas, Amazonas, Ceará, Pará, Bahia e Rio Grande do Norte estão, possivelmente, entre o bando que pretendia agir hoje."

Na ação, os criminosos reagiram com bastante força. Inclusive, uma aeronave blindada do Bope foi atingida por três tiros.