Município do Rio concentra 75% dos empregos da indústria criativa no estado

Vlt chegando na rua 7 de setembro. - Foto: Rafa Pereira - Diário do Rio

Rio de Janeiro
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O município do Rio de Janeiro concentra mais de 75% dos empregos formais da indústria criativa no estado, segundo dados do Mapeamento da Indústria Criativa 2025, divulgado pela Firjan. O setor representa atualmente 5,2% do PIB estadual, empregando 124 mil trabalhadores, número que coloca o Rio como o segundo maior polo criativo do Brasil.

De acordo com o levantamento, para cada quatro profissionais da economia criativa no estado, três estão na capital, que também lidera no total de postos de trabalho formais do Rio, com 51,8% das vagas. “O desempenho acima da média nacional reafirma o potencial do estado do Rio para liderar a Indústria Criativa brasileira nas próximas décadas”, afirma Luiz Césio Caetano, presidente da Firjan.
O setor é impulsionado principalmente por atividades ligadas à Tecnologia (45%) e ao Consumo (39,8%), que incluem design, arquitetura, moda e publicidade. Apesar disso, o maior crescimento percentual entre 2022 e 2023 foi na área da Cultura (9,4%), seguida da própria Tecnologia, com avanço de 8%.
“O Rio de Janeiro reforça sua vocação histórica para a cultura e a inovação, mas também se consolida como um polo econômico dinâmico, com impacto direto no desenvolvimento e na projeção internacional do país”, destaca Caetano.
A expansão dos empregos criativos no estado, que foi de 6,5%, superou a média nacional, de 6,1%, no mesmo período. Na Baixada Fluminense, o destaque é para Duque de Caxias, com 2.566 trabalhadores criativos, seguido de Nova Iguaçu, com cerca de mil profissionais. No total, a Baixada reúne quase 6 mil empregos formais no setor criativo.
Outras cidades também aparecem como polos relevantes, como Macaé, onde os empregos criativos representam 5% dos postos de trabalho do município, bem acima da média estadual, de 2,9%. O dado se explica pela presença forte do setor de óleo e gás, que demanda profissionais altamente especializados, principalmente em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D).
O levantamento também mostra que, em 2023, o setor criativo fluminense gerou R$ 46 bilhões, respondendo por 11,9% do PIB criativo nacional. No Brasil, a economia criativa já movimenta R$ 393,3 bilhões, o que representa 3,59% do PIB, e emprega mais de 1,26 milhão de profissionais.
“A transformação estrutural da economia brasileira passa pelo fortalecimento da indústria criativa. Inovação, propriedade intelectual e criatividade são os pilares desse crescimento, acelerado pela digitalização e pelas novas tecnologias após a pandemia”, explica Julia Zardo, gerente de Ambientes de Inovação da Firjan e coordenadora do estudo.
Os dados completos estão disponíveis no Painel de Dados da Firjan, no site do Observatório da Indústria, onde é possível cruzar informações de todo o país, de forma detalhada por estados, municípios e setores da economia criativa.