Prefeitura do Rio expande sistema de vigilância com 20 mil câmeras e implanta cercamento digital até 2028

A Prefeitura do Rio de Janeiro anunciou a ampliação do Civitas, sistema integrado de monitoramento urbano, com um robusto pacote de investimentos em tecnologia de segurança pública. A meta é aumentar o número de câmeras de 5,5 mil para 20 mil até 2028, cobrindo pontos cegos e otimizando o rastreamento de veículos, reconhecimento facial e leitura de placas. Só até o carnaval de 2025, serão instaladas 3,8 mil novas câmeras.

Entre as medidas anunciadas, está o chamado “cercamento digital”, que contará com 56 pórticos de vigilância nas principais entradas e saídas da cidade. Esses dispositivos identificarão veículos roubados e registrarão a movimentação de quem entra ou sai do município, integrando as informações com as forças de segurança. O prefeito Eduardo Paes destacou que “ninguém entra ou sai da cidade sem ser monitorado”, ressaltando o avanço tecnológico na gestão da segurança.
O Civitas, implantado em 2023 dentro do Centro de Operações Rio (COR), é fruto de parceria público-privada com a empresa Smart Luz e representa um investimento de R$ 180 milhões por ano. O sistema já colabora ativamente com órgãos de investigação, sendo responsável por mais de 2 mil atendimentos em um ano, 85% deles requisitados por setores de inteligência.
As câmeras possuem tecnologia para detectar e contabilizar veículos, pessoas e bicicletas, além de fornecer imagens para análise preditiva de crimes. A assistente virtual Íris, que estreia no sistema, usará inteligência artificial para cruzar dados em tempo real e auxiliar a criação de mapas criminais, identificando padrões de comportamento e locais com maior incidência de delitos. Íris promete reduzir o tempo na análise dos dados e aumentar a eficácia na prevenção criminal.
O prefeito Eduardo Paes citou como exemplo a investigação do assassinato de Marielle Franco, afirmando que, com a atual tecnologia, o rastreamento do veículo envolvido teria sido feito de forma muito mais rápida e precisa. O sistema lê, diariamente, cerca de 6,1 milhões de placas de veículos, contribuindo para a agilidade nas operações policiais e o combate ao crime organizado.
Com esse reforço tecnológico, o município aposta na modernização como ferramenta fundamental para aumentar a segurança dos cidadãos e tornar a cidade mais eficiente no enfrentamento à criminalidade.
Fontes: Prefeitura do Rio de Janeiro, pronunciamentos de Eduardo Paes e Davi Carreiro.