Castro cria força-tarefa para medir impactos do tarifaço de Trump na economia fluminense

Cláudio Castro, governador do Rio de Janeiro. - Foto: Rafael Campos/Governo do Rio de Janeiro

Rio de Janeiro
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O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), criou um Grupo de Trabalho Executivo para avaliar os impactos econômicos causados pela nova tarifa de 50% imposta unilateralmente pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. A medida, anunciada pelo ex-presidente norte-americano Donald Trump, entra em vigor a partir de 1º de agosto e pode trazer consequências significativas para a economia do estado, que depende fortemente das exportações para o mercado norte-americano.

De acordo com dados da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado, o Rio de Janeiro ocupa hoje a segunda posição entre os estados brasileiros que mais exportam para os Estados Unidos, com destaque para produtos como petróleo refinado, semimanufaturados de ferro e aço, produtos químicos e derivados da indústria naval. Somente em 2024, foram aproximadamente 7,4 bilhões de dólares em exportações fluminenses para o país norte-americano.
“O impacto pode ser devastador para vários setores da nossa economia. Por isso, estamos nos antecipando com a criação deste grupo técnico. Precisamos entender a profundidade das perdas e agir com rapidez para proteger empregos, empresas e investimentos”, afirmou o governador Cláudio Castro em nota oficial.
O grupo será presidido pela Secretaria da Casa Civil e contará com representantes das secretarias de Planejamento e Gestão, Fazenda, Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços, além da Secretaria de Energia e Economia do Mar. A proposta é reunir dados, elaborar projeções, ouvir o setor produtivo e propor medidas práticas para amenizar os impactos do tarifaço.
Instituições representativas como Firjan (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro), Fecomércio-RJ, Faerj (Federação da Agricultura do Estado do Rio), Sistema OCB-RJ (Organização das Cooperativas do Brasil) e entidades sindicais serão convidadas a colaborar com diagnósticos, levantamentos técnicos e sugestões de políticas públicas.
Segundo o secretário da Casa Civil, Nicola Miccione, o objetivo é construir um plano de ação robusto. “Queremos preparar o Rio para enfrentar esse cenário adverso. Serão analisadas estratégias de diversificação de mercados, revisão de rotas comerciais, incentivos fiscais e apoio emergencial a setores atingidos”, pontuou.
O grupo terá prazo determinado para concluir o diagnóstico e entregar um relatório com recomendações ao governador. Com base nesse material, o Executivo fluminense poderá acionar inclusive o Governo Federal para buscar compensações ou acordos bilaterais que reduzam os prejuízos.
Fontes: Governo do Estado do Rio de Janeiro