RJ lança app que permite checar se celular é roubado antes da compra

O governo do Rio de Janeiro lançou, nesta terça-feira (1º), o Celular Seguro RJ, aplicativo que permite verificar se um celular foi roubado ou furtado e cadastrar o aparelho como regular.

O objetivo é coibir a compra de dispositivos ilegais, facilitar a devolução de celulares roubados às vítimas e apoiar as ações das forças de segurança.

A ferramenta foi apresentada durante evento no Palácio Guanabara e será integrada à plataforma gov.br, permitindo que qualquer cidadão consulte gratuitamente o IMEI, número de identificação único de cada aparelho.

O app já está disponível nas lojas de aplicativos para Android e iOS.

“O aplicativo é uma política pública de segurança para combater um mal que aflige a todos nós. É simples, mas poderoso. Serve tanto para quem vai comprar um celular, quanto para os policiais em diligências”, afirmou o secretário de Polícia Civil, Felipe Curi.

Como vai funcionar
O Celular Seguro RJ tem dupla função:

Para o público geral: será possível consultar o número do IMEI (obtido ao digitar *#06# no aparelho) e verificar se o celular tem restrição. Também é possível cadastrar os aparelhos da família no app, para acompanhar a situação de cada dispositivo.
Para a polícia: durante abordagens, os agentes poderão consultar o IMEI e, se o aparelho tiver sido roubado, inserir uma restrição no banco de dados em tempo real. A base é alimentada com informações da própria Polícia Civil e da Anatel, por meio de cooperação técnica.
Segundo o delegado Rodrigo Barros, diretor de tecnologia da Polícia Civil, a meta é reduzir os crimes patrimoniais e interromper o ciclo de compra e revenda de celulares roubados.

Intimações por SMS e risco de prisão
O app também se conecta à Operação Rastreio, que desde junho resultou na recuperação de mais de 800 celulares e na prisão de mais de 60 pessoas.

Como parte da ação, a Polícia Civil enviou intimações via SMS para que usuários que estavam com aparelhos furtados fizessem a devolução voluntária em até 72 horas, diretamente nas delegacias.

Quem não cumpriu o prazo pode responder por receptação, crime que prevê pena de 1 a 4 anos de prisão.

Contexto da operação
A Operação Rastreio mobiliza todas as delegacias do estado e mira a cadeia criminosa que revende celulares roubados, muitas vezes com nota fiscal falsa ou sem documentação.

De acordo com a polícia, a meta é barrar a circulação desses aparelhos no mercado informal, incluindo shoppings populares e lojas de manutenção.