EDUCAÇÃO E LUSOFONIA

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Era uma vez, num país não muito distante, vivia um Conde. Mas não um Conde de contos de fadas, mas um real nobre: Francisco de Calheiros, Conde de Calheiros, representante da Casa de Calheiros, chefe do nome e das armas, Senhor do Solar de Calheiros.

Sentamo-nos no Paço de Calheiros - casa que remonta à data da fundação de Portugal e que pertence à mesma linhagem, desde o século XII; Nesta residência, carregada de história, relembramos os tempos idos, suas glórias e honrarias, mas com olhos postos no presente e no futuro - que urge construir.

Com a mesma hospitalidade e elegância dos cavalheiros do antigamente, o Conde de Calheiros fala-nos do Projeto Turismo de Habitação, sendo um dos fundadores da TURIHAB - Associação do Turismo de Habitação, projeto esse que conta já com 120 casas, por todo o país.

A TURIHAB defende o ambiente, o património e a sustentabilidade, a história e a herança cultural e pretende dar nova vida e um futuro às casas antigas e solarengas; o projeto estende ainda os seus tentáculos, de ação benéfica, às vinhas, aos animais, aos jardins e aos produtos regionais. Propicia o desenvolvimento da indústria transformadora caseira, numa economia circular que beneficia toda a comunidade.

Ponte de Lima, Terra Rica da Humanidade, remete-nos para a longínqua data de 4 de março de 1125, quando a Rainha D. Teresa, outorgou carta foral à vila. O riquíssimo património histórico, a beleza da zona ribeirinha, a cultura, a gastronomia e os seus jardins, com destaque especial para o Festival Internacional de Jardins, são apenas alguns dos argumentos que justificam uma visita.

«Hoje o tratamento do turismo faz-se muito com afetos e com a capacidade extraordinária de cativar pessoas, para que elas queiram repetir e voltar.» Assim se desenvolve o interior de um país, rico em história e património imaterial. Em contraste ao turismo das unidades neutras, impessoais e descaracterizadas, oferece-se a humanidade dos pequenos espaços e das pessoas comuns, doam-se experiências capazes de perdurar na memória, nunca descurando a qualidade e a defesa dos direitos do utente/cliente.

A conversa decorre empolgante, sendo o cronista um entusiasta desta causa, agrada-lhe esta visão de futuro, a construção do futuro com alicerces firmes no passado.