Falta de insumos atinge indústrias

Indústria têxtil é uma das afetadas pela falta de insumos como corantes importados, entre outras matérias primas - Foto: Arquivo/Agência Brasil

Panorama RJ
Tpografia
  • Mínimo Pequeno Médio Grande Gigante
  • Fonte Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

A dificuldade para compra de insumos e matérias-primas nacionais atinge 67,1% das indústrias fluminenses ouvidas pela Fereração das Insústrias do Estado do Rio(Firjan) em novembro. Entre as empresas afetadas, 24,6% relatam muita dificuldade. A federação também ressalta que o cenário piorou em relação a outubro, quando o percentual de empresas com dificuldade era de 65,4% e 18,5% delas tinham muita dificuldade.

Diante do cenário, também subiu o percentual de indústrias que estão com dificuldade para atendimento ao cliente. Em outubro, esse percentual era de 37% e, em dezembro, chega a 44,3%. A parcela de empresas que relata que grande parte da demanda não está sendo atendida passou de 8,7% para 11%.

Para metade dos empresários entrevistados (50,7%), a oferta de insumos e matérias-primas nacionais será normalizada apenas a
partir do segundo trimestre de 2021.

O problema, na verdade, afeta todo o País. Faltam insumos como papelão, plástico, alumínio, vidro e até tecidos, que fazem falta nas linhas de produção, impedindo a expansão de muitos segmentos empresariais que tentam a retomada dos negócios, afetados pelo isolamento social.

É também o caso do papel, devido à queda na coleta de material reciclado durante a pandemia. O setor têxtil, por exemplo, enfrenta a falta de caixas de papelão para os produtos e também de corantes importados. A escassez de caixas e outras embalagens no mercado, feitas de plástico e outros materiais, tem atrapalhado vários setores, como o da alimentação.
No início do mês, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) já havia alertado para a falta de insumos e peças, que pode levar a indústria automobilística a paralisar a produção antes do fim do ano.

Com a escassez de matéria-prima, a alta dos preços atinge toda a cadeia até chegar ao consumidor, que no final é quem paga a conta.