Necessidades de investimentos no Leste Fluminense

Luiz Césio Caetano é presidente da Firjan Regional Leste Fluminense - Foto: Divilgação

Luiz Césio Caetano
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O ano de 2019 tem sido de lenta recuperação para a economia fluminense, com o desempenho da indústria oscilando no decorrer dos meses. Os resultados da última Sondagem Industrial Regional - elaborada pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) e divulgada no início de novembro - revelam que a indústria do Leste fluminense apresentou queda no volume de produção em junho, mantendo os resultados negativos observados nos meses anteriormente analisados.

Numa tentativa de reinserir o estado do Rio de Janeiro na rota de desenvolvimento socioeconômico, um grupo de empresários da Firjan esteve em Brasília, na semana passada, para apresentar ao presidente da República, Jair Bolsonaro, deputados e senadores um estudo que destaca a necessidade de R$ 40,4 bilhões em investimentos em infraestrutura no território fluminense. Como o estado precisa cumprir as medidas do Regime de Recuperação Fiscal, a previsão é que o total de investimentos do governo estadual alcance R$ 18,5 bilhões numa projeção até 2026, volume bem abaixo do necessário. Logo, é fundamental investimento direto do governo federal no Rio. 

O documento “Mais Rio, mais Brasil” aponta as áreas de saneamento, educação, habitação, mobilidade urbana e segurança pública como prioritárias para o estado, considerando um horizonte de 2019 a 2026 para os seguintes investimentos no Leste: universalização do saneamento básico em toda a Região Metropolitana; criação da Linha 3 (Niterói-São Gonçalo), abertura de 213 mil vagas em creche e pré-escola; criação de 114 mil habitações; e abertura de 14 mil vagas em quatro novas unidades prisionais.

Portanto, para que o Leste Fluminense esteja ainda mais consolidado dentro da economia fluminense e brasileira, outros desafios também precisam ser enfrentados e vencidos nos próximos anos. Um deles é a dragagem do Canal de São Lourenço, pois a baixa profundidade deste corpo hídrico limita o tráfego de embarcações de maior porte na Baia de Guanabara, prejudicando a competitividade da região com vocação naval. Na segurança pública, o pleito é a redução do roubo de cargas na BR-101 e na RJ-104. E, por fim, na infraestrutura, melhorias na operação do Porto do Forno, em Arraial do Cabo, que é um terminal de grande importância estratégica.