Comitê para discutir economia

Secretário de Fazenda Guilherme Mercês propôs a utilização de matrizes econômicas nas ações do Estado - Foto: Divulgação

Panorama RJ
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O secretário de Estado de Fazenda, Guilherme Mercês, propôs, nesta semana, a criação de um comitê técnico permanente para discutir questões econômicas do Estado do Rio com base em dados científicos gerados por matrizes econômicas. A sugestão foi feita durante uma reunião virtual da qual também participaram o deputado Luiz Paulo (PSDB) e o professor da Universidade Federal Rural do Estado do Rio de Janeiro (UFRRJ) Joílson Cabral.

O deputado Luiz Paulo disse que vai levar a sugestão da criação do comitê ao presidente da Alerj, deputado André Ceciliano (PT), e que o grupo pode ajudar na construção de um plano estratégico de saída da crise.

"É hora de darmos esse salto de qualidade, sair do empirismo e ter coisas mais científicas", avaliou Luiz Paulo.

De acordo com a proposta de Mercês, universidades e entidades de pesquisa também participariam do comitê: "Com isso, damos uma sinalização para a sociedade que existe um grupo técnico pensando no Estado do Rio de Janeiro, com ferramentas para tomar as decisões e avaliar políticas públicas".

As matrizes são modelos que reproduzem as relações da cadeia econômica e simulam o impacto de mudanças tributárias, por exemplo. Esses modelos são conhecidos como CGE, sigla em inglês para Modelo de Equilíbrio Geral Computável. "Sempre sonhei em construir as matrizes insumo-produto do Rio. São as ferramentas que temos para fazer esse tipo de estudo. Outros modelos não conseguem trabalhar com um mundo que muda tanto quanto o de hoje. Esse é um dos grandes trabalhos que o Rio pode ter. Será fundamental construir uma ferramenta como essa", afirmou Guilherme Mercês.

Fila única para as UTIs

Diante do aumento no número de casos de coronavírus, parte da bancada feminina na Câmara dos Deputados apresentou o Projeto de Lei 2548/2020, para a formação de uma lista única em hospitais públicos e privados, em cada Estado, para ocupação de leitos de UTIs por pessoas infectadas pela covid-19.

"É uma epidemia que atinge a todos, não podemos segregar nem restringir o direito à saúde. Nossa proposta é garantir o acesso igualitário ao tratamento, sem discriminação", explica a deputada Daniela do Waguinho (MDB-RJ), coautora do projeto de lei, junto com outras 17 parlamentares de diferentes partidos.

As internações e todos os custos que forem realizados nas unidades privadas de saúde para pacientes que não possuam plano de saúde serão ressarcidos pelo SUS.

Exceção para uso de máscaras

A Câmara de Niterói está analisando projeto de lei do vereador Renatinho (PSOL) que isenta do uso de máscaras pessoas com deficiência intelectual ou transtornos psicossociais, como os autistas, durante a pandemia da covid-19. O vereador Paulo Eduardo Gomes, do mesmo partido, é co-autor.

Também ficariam isentas do uso do acessório demais pessoas cuja necessidade seja reconhecida pela medicina. Nas ruas, estas pessoas devem portar documentos ou atestados que comprovem a situação.

Outro projeto, de Renatinho e Paulo Eduardo, de número 140, obriga a prefeitura a distribuir máscaras às pessoas vulneráveis,para que não represente mais um ônus no orçamento familiar.

Maratona de lives

A Anhanguera de Niterói realizará uma maratona de lives, uma série de palestras online sobre saúde humana e animal, educação, moda, arquitetura, direito, gastronomia e turismo. As ações remotas foram as alternativas encontradas pela instituição para compartilhar conhecimento aos participantes durante o isolamento social para conter os avanços do coronavírus. O evento, que é gratuito e ocorrerá até o dia 8 de junho, será transmitido pela página oficial da Anhanguera de Niterói no Instagram (@anhanguera_niteroi).

Selo de qualidade contra o vírus

Em tempos de coronavírus, a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Estado (ABIH-RJ) e o Sindicato dos Meios de Hospedagem do Rio (Hotéis Rio), em parceria com a Secretaria de Estado de Turismo e a Vigilância Sanitária do Município do Rio, lançaram nesta semana um selo de qualidade e excelência nas boas práticas no combate à covid-19 para empreendimentos hoteleiros na capital e demais cidades.

Restaurantes e bares em crise

No mês de abril, 80% dos bares e restaurantes do Estado perderam entre 50% e 100% do faturamento. Além disso, 47% deles estão de portas fechadas e 10% decidiram encerrar permanentemente suas atividades, reduzindo em 20 mil os postos de trabalho. Outros 45% tendem a não conseguir reabrir depois da crise. Os dados foram passados pelo Sindicato de Bares e Restaurantes do Rio de Janeiro (SindRio) ao presidente da Comissão de Economia, Indústria e Comércio da Alerj, deputado Renan Ferreirinha (PSB), em audiência pública sobre o impacto da pandemia nesse setor.

"Nós precisamos lembrar que os bares e restaurantes são a ponta de toda uma cadeia de produtores e produtoras de bebidas e alimentos, que vai desde as grandes distribuidoras até o produtor rural", alerta Ferreirinha.

Intervenção na rede privada

A Alerj aprovou em discussão única, nesta semana, o projeto de lei 2.261/20, que autoriza o Governo do Estado a interferir na rede privada de saúde, na hipótese de recusa ao atendimento a pacientes com casos graves do coronavírus mediante justa remuneração a ser acordada contratualmente. O texto seguirá para o governador Wilson Witzel, que tem até 15 dias úteis para sancioná-lo ou vetá-lo.