O cenário geopolítico do Oriente Médio vive nesta sexta-feira (13) um dos momentos mais críticos das últimas décadas. Israel lançou, durante a madrugada, um amplo ataque aéreo contra alvos estratégicos no Irã — incluindo instalações nucleares, centros militares e lideranças da Guarda Revolucionária. A operação, que mobilizou cerca de 200 aviões, matou altos oficiais iranianos, entre eles o general Mohammad Bagheri, chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, e o comandante Hossein Salami.
O governo iraniano reagiu com veemência, classificando o ataque como uma "declaração formal de guerra". Em resposta, Teerã prometeu retaliação "severa e proporcional" e iniciou uma mobilização militar junto a seus aliados regionais. Fontes locais confirmam que mais de 100 drones iranianos foram lançados contra alvos israelenses ao longo da manhã.
Repercussão internacional e postura de líderes globais
O ataque israelense gerou forte reação na comunidade internacional. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que Washington não participou diretamente da ofensiva, mas pressionou o Irã a evitar uma escalada militar. Apesar disso, Trump reforçou o compromisso com a defesa de Israel e disse que “outras ações mais duras poderão ser necessárias”.A União Europeia, o Reino Unido e a ONU pediram “contenção urgente” de ambas as partes e convocaram sessões extraordinárias de seus respectivos conselhos de segurança. Já Rússia, China, Turquia, Catar e Arábia Saudita condenaram a ação de Tel Aviv e cobraram reabertura imediata dos canais diplomáticos.
Brasil monitora e teme impacto econômico
No Brasil, o Itamaraty divulgou nota expressando “preocupação com o agravamento do conflito” e reforçou o compromisso com soluções diplomáticas. O Ministério de Minas e Energia criou um grupo de monitoramento para acompanhar os efeitos do conflito sobre o mercado de petróleo, diante do risco de impacto nos preços dos combustíveis e na inflação.Mercados em alerta e petróleo dispara
A resposta dos mercados foi imediata. O preço do barril do petróleo Brent saltou entre 7% e 9%, ultrapassando os US$?78, enquanto o tipo WTI chegou a subir 9% ao longo da manhã. Bolsas da Europa, Estados Unidos e Ásia operaram em forte queda, refletindo o temor de uma guerra prolongada. Analistas do JPMorgan alertam que, caso o conflito se intensifique, o barril pode ultrapassar os US$?120, elevando o risco de um "choque estagflacionário" — combinação de inflação alta e baixo crescimento.O dólar teve leve valorização global, o ouro subiu cerca de 1% e os títulos do Tesouro norte-americano registraram queda nos rendimentos, indicando fuga para ativos considerados seguros.
Cenário incerto
Com os ânimos inflamados, líderes globais alertam para o risco de um conflito de grandes proporções. Diplomatas europeus tentam reativar o acordo nuclear com o Irã, rompido unilateralmente pelos EUA em 2018, como caminho para evitar uma escalada irreversível. Enquanto isso, os olhos do mundo permanecem voltados para o Estreito de Ormuz — rota estratégica de exportação de petróleo — cujo fechamento, em caso de guerra, teria repercussões econômicas globais imediatas.
Por Redação Gazeta Rio
Conflito entre Israel e Irã se agrava com ataque aéreo, promessas de retaliação e alerta nos mercados globais

Pessoas se reúnem perto de veículos danificados após os ataques aéreos de Israel contra Teerã - Foto: Majid Asgaripour/WANA/Reuters
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