Durante participação no podcast Mano a Mano, na última quinta-feira (19), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a proposta do governo federal de promover mudanças nas regras do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), incluindo o aumento das alíquotas cobradas atualmente. Segundo o presidente, a medida é uma alternativa para equilibrar o Orçamento e evitar cortes em áreas essenciais.
“O Haddad quer que as bets paguem imposto de renda; que as fintechs paguem; que os bancos paguem. Só um pouquinho, para a gente poder fazer a compensação”, declarou Lula, referindo-se ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad. “O aumento do IOF é um pouco para fazer essa compensação, porque toda vez que a gente vai ultrapassar o arcabouço fiscal, temos que cortar no Orçamento”, completou o presidente.
A proposta, no entanto, enfrenta resistência no Congresso Nacional. Na segunda-feira (17), a Câmara dos Deputados aprovou, por 346 votos a 97, o regime de urgência para votação do Projeto de Decreto Legislativo (PDL 314/25), que pretende suspender os efeitos do decreto presidencial que altera a cobrança do IOF. A aprovação da urgência permite que a matéria seja analisada diretamente no plenário, sem passar pelas comissões temáticas.
O decreto foi apresentado em 11 de junho, junto com uma Medida Provisória relacionada ao tema, como parte de um pacote do governo para contornar os efeitos de um contingenciamento de R$ 31,3 bilhões no Orçamento Geral da União. A proposta inicial, anunciada em 22 de maio, previa o aumento das alíquotas do IOF sobre diversas operações financeiras, mas foi parcialmente revista após críticas de empresários e parlamentares, inclusive da base aliada.
Lula reiterou que o objetivo é promover justiça tributária, cobrando mais de quem tem maior capacidade contributiva. “Queremos que quem ganha mais, pague mais; quem ganha menos, pague menos; e os mais vulneráveis, não paguem imposto”, afirmou.
O governo busca alternativas para garantir equilíbrio fiscal sem prejudicar programas sociais ou comprometer investimentos estratégicos. A discussão sobre o IOF deverá seguir no Congresso nas próximas semanas, com impacto direto nas diretrizes econômicas do segundo semestre.
Lula defende aumento do IOF como forma de financiar gastos públicos
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