Paulo Guedes diz que não há 'ponto inegociável' no pacote

Paulo Guedes se reuniu nesta quarta com cerca de 40 senadores - Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

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O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta quarta (6) que não há "ponto inegociável" nas propostas de reestruturação do Estado, apresentadas na terça (5) pelo governo ao Congresso.

"Seria uma arrogância tola dizer que há algum ponto inegociável. Agora, nós sabemos quais são os pontos críticos e mais importantes, onde deve estar a atenção e o foco. E esse foco é, justamente, o de que precisamos de uma cultura de responsabilidade fiscal. Não podemos entregar um país quebrado para as futuras gerações", disse o ministro, ao deixar a residência oficial do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), onde se reuniu com cerca de 40 senadores.

O pacote contém três propostas de emenda à Constituição (PEC) que tratam de reformas econômicas: a do Novo Pacto Federativo, que prevê transferências de até R$ 500 bilhões para estados e municípios; a PEC da Emergência Fiscal, que define gatilhos automáticos de contenção dos gastos públicos em caso de crise financeira na União, estados e municípios; a PEC dos Fundos, que revê a vinculação de receitas com 281 fundos públicos em vigor atualmente.

Tramitação - A expectativa do governo é de que a PEC Emergencial seja "apreciada e votada nas duas casas até o final deste ano", disse o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), ao deixar a reunião. "Temos prazo exíguo, mas temos também uma emergência fiscal caracterizada em pelo menos três estados da federação [Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Minas Gerais]. E tem também outros estados que estão prestes a entrar em emergência fiscal", disse.

Segundo ele, as matérias foram bem recebidas pelos senadores. "Evidentemente, um ou outro ponto pode enfrentar mais resistências. Há comentários com relação à possibilidade de fusão dos municípios", exemplificou.

De acordo com a proposta, cada município precisará ter uma receita própria de pelo menos 10% da receita total, o que inclui os repasses feitos pelo governo federal. Segundo Bezerra, a média atual é próxima a 7%.