Secretário-geral da OEA diz que Evo Morales deu um autogolpe

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Enquanto o ex-presidente Evo Morales e seus apoiadores afirmam que houve um golpe de Estado na Bolívia, executado pelos opositores com o apoio das Forças Armadas e da polícia, a oposição afirma que o governo tentava a reeleição ferindo a Constituição e desrespeitando o referendo realizado no país em 2016. Já o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, disse que, na verdade, se tratou de um autogolpe."Houve um golpe de Estado na Bolívia. Ocorreu no dia 20 de outubro, quando se cometeu fraude eleitoral, que tinha como resultado a vitória do ex-presidente Evo Morales em primeiro turno. O tribunal eleitoral, ao anunciar a vitória em primeiro turno, pretendia perpetuá-lo no poder de forma ilegítima e inconstitucional", disse Luis Almagro, na reunião do Conselho Permanente, nesta terça (12).

A divulgação das irregularidades constatadas por auditoria nas eleições foi o grande detonador da crise na Bolívia. Apesar de o país estar registrando manifestações desde o dia do pleito, o informe da OEA foi como a gota d'água que faltava. Evo Morales, apesar de ter afirmado que convocaria novas eleições, também disse que o documento tinha um "tom político", questionando a credibilidade da auditoria da OEA.