Minas Gerais: fabricante monta esquema para recolher cerveja

Atualidades
Tpografia
  • Mínimo Pequeno Médio Grande Gigante
  • Fonte Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

Após a Polícia Civil de Minas Gerais tornar público os laudos periciais que apontaram a presença de uma substância tóxica em amostras da cerveja pilsen Belorizontina, da fabricante mineira Backer, como provável causa da intoxicação de ao menos oito pessoas, a Secretaria de Saúde de Belo Horizonte colocou à disposição da população da capital mineira nove pontos de recolhimento do produto.

A Backer também se dispôs a receber os vasilhames de Belorizontina, mesmo que de outros lotes além dos dois sob suspeita das autoridades policiais e sanitárias. Os dois lotes em cujas amostras foi identificada a presença da substância dietilenoglicol são os L1-1348 e L2-1348.

Caso desejem devolver qualquer garrafa de Belorizontina que tenham guardada em casa, os consumidores devem procurar o estabelecimento comercial onde a compraram a partir da próxima segunda-feira (13), levando consigo o cupom fiscal. A cervejaria promete que o cliente será ressarcido no momento da devolução.

Nos endereços serão recebidas apenas garrafas de Belorizontina de consumidores que adquiriram o produto para consumo próprio, não sendo aceitas devoluções de bares, restaurantes e supermercados. Todo o material entregue nesses pontos ficará sob custódia da secretaria até que sua destinação final seja definida.

A cervejaria não soube informar se parte dos dois lotes podem ter sido vendidos para outras regiões.

Memória - Uma pessoa morreu e sete foram internadas em hospitais da região metropolitana de Belo Horizonte e de Juiz de Fora desde que os primeiros casos da doença começaram a ser registrados, no último dia 30. Todos os pacientes apresentavam insuficiência renal aguda e alterações neurológicas centrais e periféricas.

Na quinta, a Polícia Civil informou que a contaminação de lotes da Belorizontina por dietilenoglicol pode ser a causa da repentina síndrome. Segundo o superintendente de Polícia Técnico-Científica da Polícia Civil, Thales Bittencourt, os exames laboratoriais foram realizados com amostras do produto encontradas nas residências dos pacientes internados. O resultado, no entanto, é preliminar, não sendo possível, até o momento, afirmar como a substância pode ter contaminado as bebidas.

Em nota, a Backer garantiu que o dietilenoglicol não faz parte de nenhuma etapa do processo de fabricação de seus produtos. A cervejaria disse que colabora com as autoridades e tem todo o interesse em esclarecer os fatos.