Paulo Marinho vai depor hoje na PF

Segundo o empresário Paulo Marinho, informações da PF foram vazadas - Foto: Reprodução/TV Senado

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O empresário Paulo Marinho, que em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, no último final de semana, revelou supostos vazamentos envolvendo o inquérito da Operação Furna da Onça, realizada em novembro de 2018, para familiares de Jair Bolsonaro por parte de um delegado da Polícia Federal (PF), vai depôr nesta quarta-feira (21). O empreendedor prestará esclarecimentos na Superintendência da Polícia Federal, a partir das 15h, no Rio de Janeiro. O depoimento integra uma investigação do Supremo Tribunal Federal (STF) que apura se Jair Bolsonaro tentou interferir na PF, como denunciado pelo ex-ministro da Justiça, Sergio Moro.

Na oportunidade, Marinho afirma que apresentará provas de que, durante o período de campanha, em 2018, um delegado da PF afirmou para Flávio Bolsonaro, entre outros, que uma operação da PF seria deflagrada e iria afetá-los.

"Vai ser deflagrada a operação Furna da Onça, que vai atingir em cheio a Assembleia Legislativa do Rio. E essa operação vai alcançar algumas pessoas do gabinete do Flávio. Uma delas é o Queiroz e a outra é a filha do Queiroz (Nathalia), que trabalha no gabinete de Jair Bolsonaro (deputado federal à época) em Brasília. Nós vamos segurar essa operação para não detoná-la agora, durante o segundo turno, porque isso pode atrapalhar o resultado da eleição", disse o delegado na oportunidade, segundo Marinho, em entrevista.

Ainda segundo o empresário, o delegado também avisou que o nome de Fabrício Queiroz - então assessor do gabinete do deputado estadual Flávio Bolsonaro, que supostamente administrava um esquema de "rachadinha" - e de sua filha haviam sido citados em um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

Ainda segundo Marinho, o integrante da PF, ao vazar as informações, se identificou como adepto e simpatizante da campanha presidencial de Bolsonaro e recomendou providências. Marinho aponta que essas providências foram, justamente, as demissões de Queiroz e sua filha, exonerados logo depois do fato citado.

O senador Flávio Bolsonaro nega todas as acusações feitas por Paulo Marinho. O empresário carioca é suplente de Flávio Bolsonaro e, durante a campanha de Jair, chegou a ceder a própria casa para ser base da campanha do político.